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Lula da Silva : Ataque aos três poderes foi uma “revolta dos ricos”

O Presidente do Brasil disse esta segunda-feira que o ataque aos três poderes foi uma “revolta dos ricos”, por não suportarem perder e criticou que com o fim dos governos do Partido dos Trabalhadores o país fosse governado para uma “pequena minoria”.

07/02/2023  Última atualização 09H49
© Fotografia por: DR

"O que aconteceu no Palácio do Planalto, na Alvorada e no STF (Supremo Tribunal Federal) foi uma revolta dos ricos, que perderam as eleições. Não podemos levar na brincadeira, porque um dia o povo pode cansar de ser pobre e vai piorar a situação de mudança neste país”, afirmou Luiz Inácio Lula da Silva, durante a posse de Aloizio Mercadante como novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES).

"Ganhei as eleições justamente pelas mudanças que não foram feitas. Este país não pode continuar a ser governado para uma pequena minoria”, acrescentou o Chefe de Estado, durante a cerimónia realizada na sede do BNDES, no Rio de Janeiro.

Lula da Silva aproveitou, no seu discurso, para lamentar a "gravíssima” campanha de difamação a que o BNDES foi submetido no último período eleitoral, relativamente à existência de uma "caixa preta” que conteria informações sobre o dinheiro não reembolsável que o banco entregou a países amigos dos governos petistas.

"As narrativas, mesmo que sejam mentiras, valem mais do que as verdades, muitas vezes contadas. Nos últimos quatro anos, vivemos um processo de mentiras malucas”, sublinhou Lula, que destacou que os recursos não foram entregues a governos, mas a empresas brasileiras de construção de infra-estruturas e serviços.

Em relação às dívidas contraídas por outros Estados para com o BNDES, Lula disse estar convicto de que aqueles vão pagar, "porque são todos países amigos do Brasil”, e lembrou que se deixaram de cobrar empréstimos de países como Cuba ou Venezuela como uma consequência da ruptura das relações diplomáticas impostas por Jair Bolsonaro.

Por fim, Lula indicou que "o BNDES deve priorizar o financiamento das micro e pequenas empresas” para que o Brasil possa "dar um salto de qualidade” na produção e no crescimento económico.

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