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Luanda com pouco movimento, um dia depois da passagem de ano

Um dia depois do novo ano, Luanda registou pouco movimento de pessoas e de viaturas na Baixa da cidade, bem como nas principais vias estruturantes que dão acesso ao Centro da capital. É uma calma própria que se verifica nos dias a seguir a um feriado.

03/01/2021  Última atualização 12H52
Uma pormenor da Avenida Deolinda Rodrigues, onde o movimento rodaviário esteve muito aquém do habitual © Fotografia por: Vigas da Purificação| Edições Novembro
Mesmo sendo dia de trabalho normal para muitas empresas, unidades hospitalares, estabelecimentos comerciais de grandes superfícies, mercados formais e informais e outras actividades de pequena monta, ainda assim, o movimento em Luanda, de lés-a-lés, esteve muito longe daquele ambiente frenético, ruidoso a que nos habituou.

Em Cacuaco, mais concretamente na Centralidade do Sequele, a reportagem do Jornal de Angola registou uma acalmia total em todas as ruas. À distância deu para ver que as famílias residentes estavam confinadas nos seus apartamentos, se calhar a retemperarem as energias dispendidas durante à transição do novo ano.

Ontem, naquela urbe, as famosas cantinas dos cidadãos do oeste africanos, também conhecidas por "Mamadus”, bem como o mercado local estavam encerradas. Alguns moradores saiam de um prédio para o outro, enquanto que uns poucos, ao volante de viaturas, entravam e saiam da centralidade.  Apesar da acalmia verificada no Sequele, um facto que chamou a atenção da reportagem do Jornal de Angola, foi a quantidade de amontoados de lixo fora dos contentores espalhados pelo chão em alguns paragens dos transportes públicos, ao longo da rua principal da urbanização.

Como se não bastasse, algumas pessoas se deram ao luxo de deixar o lixo, principalmente vasilhame de bebidas alcoólicas, restos de comida, recipientes de cartão e plásticos espalhados pelo chão e por cima dos assentos das paragens dos transportes públicos, o que deixou horrível o cenário, ontem, no Sequele.

Ao longo da Via Expressa, no sentido Cacuaco/Porto de Luanda, a movimentação de pessoas e viaturas foi bastante reduzida, ontem, embora muitos funcionários tenham regressado aos seus postos de trabalho em diversas zonas de Luanda.

Se em Cacuaco, as cantinas dos "Mamadus” estavam encerradas, sendo um caso raro, em Viana, no primeiro e segundo dia do ano novo, os comerciantes do oeste africanos abriram as portas às primeiras horas da manhã e clientes, entre adultos e crianças, não faltaram, principalmente no interior dos bairros periféricos daquele município satélite de Luanda.

Naquela zona de Luanda, principalmente na Avenida Deolinda Rodrigues, uma das mais movimentadas da capital, as principais paragens de táxi e de autocarros registaram presença de muitos passageiros à espera de transportes para os diversos destinos. Havia poucos táxis a funcionar.
A abertura dos armazéns de venda a grosso e a retalho, bem como de diversas lojas de materiais de construção e de grandes superfícies comerciais, localizadas ao longo da Avenida Deolinda Rodrigues, contribuíram para a presença de muitas pessoas ao redor destes, principalmente zungueiras à procura de negócios de ocasião.  

Operadoras garantem viagens tranquila

O funcionamento de autocarros de diferentes operadoras, a partir das primeiras horas da manhã de ontem, um atrás de outro, em curto espaço de tempo, foi um facto que contribuiu para que as paragens de transportes públicos não estivessem apinhadas de passageiros, contrariamente ao cenário observado ao longo do ano passado em várias zonas de Luanda.

Ontem, por exemplo, nas paragens localizadas nas avenidas Deolinda Rodrigues e Pedro de Castro Van-Dúnem "Loy” não se verificaram os amontoados de pessoas à espera de autocarros, porque estes começaram a circular quando ainda estava escuro, à madrugada, uns atrás de outros, em curto espaço de tempo.

Um cidadão contactado pelo Jornal de Angola, após descer de um autocarro, disse que, apesar de no interior do veículo, cujo nome da operadora omitimos propositadamente, não se ter respeitado o distanciamento físico entre os passageiros, no seu entender , foi o facto de haver muitos autocarros a funcionarem.

De acordo com o passageiro, essa estratégia de se colocar muitos meios rolantes, de diversas operadoras de transportes públicos, a circularem ao mesmo tempo e em curto espaço de tempo, numa determinada rota da cidade de Luanda, "é salutar e reduz a acumulação de pessoas nas paragens".

Para a fonte do Jornal de Angola, muitos autocarros na via "proporcionam uma viagem tranquila, evitam que os passageiros se acotovelem no interior do veículo ou ainda deixarem de andar pendurados nas portas, como vinha acontecendo no ano passado”.

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