Lindomar de Sousa revelou que a 20ª edição do maior festival de Banda Desenhada angolana terá como foco uma homenagem a título póstumo ao galerista Tirso do Amaral, considerado um impulsionador de talentos.

"Somos gratos a Tirso do Amaral em qualquer parte do mundo” revelou Lindomar de Sousa, acrescentando que foi há 25 anos que surgiu a ideia de criar o festival, na presença de Tirso do Amaral, que os levou ao Camões - Centro Cultural Português.

De acordo com o director do festival, da mesma forma que prestigiam Tirso do Amaral, o Luanda Cartoon agradece muito ao artista Henrique Abranches, considerado o pai da Banda Desenhada angolana, "porque temos ele como nosso mestre de desenho e da técnica”, apesar de não gostar de publicar e nem realizar exposições.

Segundo o director, o festival para além dos artistas angolanos vai contar com obras de cartoonistas estrangeiros, com destaque para o português Paulo Monteiro (director do Festival de Banda Desenhada de Beja) e do congolês democrático Jeremie Nsingi.

Hoje, explicou, é importante dizer que em duas décadas o festival originou grande expansão de artistas de Banda Desenhada que o país possui actualmente. Disse ainda que todos eles apresentaram os seus trabalhos de ilustração pela primeira vez no Luanda Cartoon.

Entre os desenhadores que mais se destacam no mercado nacional destacam-se nomes como de King André, Júlio Pinto, Mergulhão, Tumbula, Altino, Van-Dúnem, Isabel e Nelson Paím.

A abertura da XX edição do festival acontece no dia 9 de Agosto, às 18h30, no Camões - Centro Cultural Português, em Luanda, e encerra no próximo dia 14 de Agosto, uma parceria com o Olindomar Estúdio.

O Luanda Cartoon, revelou, ao longo dos 20 anos fez grande trabalho em prol da Banda Desenhada no país, bem como reconheceu grandes nomes da arte de desenhar e já homenageou artistas consagrados como Henrique Abranches, Horácio Dá Mesquita, Carlos Alves e Abraão Eba.

Antes disso, afirmou, os "mais velhos” da Banda Desenhada homenageados no Luanda Cartoon nunca tinham sido reconhecidos em prol do desenvolvimento da Banda Desenhada em Angola. Para a nova geração de artistas, relevou, o festival foi a porta de entrada para conquistar nome no mercado, como são os casos de Júlio Pinto, Mergulhão, Tumbula, Altino, Van-Dúnem, Isabel, Nelson Paím e Toy Boy.

Para Lindomar de Sousa, hoje no país não se fala do Luanda Cartoon sem falar dessa geração de artistas que estão a desenvolver o mercado nacional.

Outra importância que o festival tem além de promover e divulgar trabalhos de Banda Desenhada angolana é formar artistas, através do Lindomar Estúdio.