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O secretário provincial da Cultura, Ernesto Barros André, anunciou, quarta-feira, em Cabinda, a requalificação do local onde se concentravam escravos na época do tráfico negreiro, na aldeia de Chifunca, município de Cacongo.
Ernesto Barros André, que falava em exclusivo ao Jornal de Angola, não adiantou a data provável de início das obras nem tão pouco os seus custos, mas informou que o projecto de requalificação deste local histórico, vai abarcar a vedação de todo o espaço circundante, incluindo a construção de um monumento, tudo na perspectiva de o conferir maior valor e promover o turismo cultural.
"Estamos a trabalhar na requalificação e valorização dos monumentos e sítios históricos, com o destaque para o local onde se concentravam escravos na aldeia de Chinfuca”, disse o secretário Ernesto Barros André, para quem o elemento mais visível do projecto será o memorial que será erguido no local.
As obras de requalificação do local onde se concentravam escravos, situado entre 35 a 39 quilómetros a Norte da cidade de Cabinda, segundo o chefe máximo da Cultura na província, vão ser financiadas por empresas locais com particular destaque para a GEMCORP (Angola), principal investidor e accionista do projecto de construção da Refinaria de Cabinda, com cerca de 90 por cento do capital.
O responsável aproveitou a ocasião para lembrar que a província, para além do local onde se concentravam escravos na aldeia de Chinfuca tido como sítio histórico, dispõe também de outros locais classificados como monumentos e sítios, mormente o Museu Regional de Cabinda, Biblioteca Municipal, Cemitério dos Nobres, Igreja São Tiago Maior de Lândana e local de Tratado de Simulambuco
O secretário Ernesto Barros André informou que vários investigadores nacionais e estrangeiros têm visitado com frequência os locais históricos e culturais da província, com objectivo de pesquisa e estudos sócio-históricos e culturais dos povos cabindenses.
Entre os locais mais visitados, indicou o de Chinfuca, que pela génese da sua história é tido como uma fonte recheada de informações suscetíveis de transmissão à nova geração.
"Temos estado a receber na província especialistas de diferentes áreas do saber, mormente antropólogos, historiadores, sociólogos, investigadores culturais nacionais e internacionais interessados em estudar o legado cultural dos ancestrais de Cabinda”, frisou.
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