O livro alerta sobre a violência doméstica e a depressão e dá voz às vítimas de agressões.

Ao falar do motivo que a levou a escrever sobre a violência doméstica, em entrevista ao JA Online, a autora da obra explicou que sempre acreditou "que um artista, quer seja músico, bailarino ou escritor, além de entreter deve, por meio da sua arte, procurar transmitir bons valores morais, despertar consciências , estimular reflexões sobre assuntos e problemas sociais e culturais”, começou por dizer.

"A violência doméstica é um problema que, pelo silêncio que se coloca em volta, vem fazendo cada vez mais vítimas; então assumindo aquilo que é a responsabilidade de um artista, decidi dar voz a essas vítimas, trazer esse problema para que possamos todos reflectir a respeito, perceber a sua extensão e as suas consequências, para que então como sociedade busquemos por soluções”, acrescentou.

Bereznick Rafael, sublinhou, também, que decidiu apresentar este livro ao público, neste período, devido à campanha de sensibilização sobre doenças mentais e emocionais, prevenção ao suicídio e valorização da vida, que se realiza no mês do "Setembro Amarelo”.

"Entre as principais consequências dos abusos psicológicos e da violência doméstica temos os problemas de saúde mental que podem muitas vezes levar ao suicídio e não só das vítimas, mas em alguns casos também das testemunhas.

De acordo com a escritora, a obra foca-se nas mulheres "porque a violência doméstica é resultado de uma cultura patriarcal que geralmente beneficia apenas os homens e coloca a mulher num papel de pura desvalorização”.

Sobre a autora

Bereznick Rafael, nascida na cidade do Sumbe, província do Cuanza-Sul.

Formada em Engenharia Mecânica de Sistemas Automáticos pela Chuvash State University (Rússia); autora da obra literária A Wilala, um retrato sobre a natureza e consequências do abuso sexual em mulheres e do E-Book S.O.S da Alma.

É apaixonada pelas artes desde de tenra idade e tem na escrita uma forma de expressão e manifestação de liberdade. Para a escritora, "Arte é vida” e seu ideal é melhorar o mundo através dela.

Com uma escrita leve, criativa e envolvente,  procura, por meio dos seus livros, chamar a atenção dos leitores para problemas sociais actuais.