Cultura

Livro “Janelas da vida” lançado em Benguela

“Janelas da vida” é a mais recente obra literária de Mauro Campos “Kiese”, da província de Malanje, apresentada, sábado, na Biblioteca Comunitária de Benguela “Onjango Literário”, no Museu Nacional de Arqueologia.

09/04/2024  Última atualização 09H45
Momentos de debate durante a sessão de venda e assinatura de autógrafo da obra literária © Fotografia por: Arão Martins | Edições Novembro

Trata-se de uma narrativa de 84 páginas, com temas sociais sobre a violência doméstica, abuso sexual a menores e depressão. Mauro Campos "Kiese”, que reside em Luanda, enalteceu a forma como a obra foi recebida pelos benguelenses.

A apresentação do livro contou com a presença da classe literária local, representantes da União dos Artistas e Compositores de Angola (UNACA), académicos, docentes e população em geral.

A obra, explicou o autor, é do género narrativa e subgénero conto, que procuramos abordar vários assuntos da sociedade, entre os quais o paradigma de fazer o bem sem olhar a quem e promover um debate respeitoso sobre a ciência e a religião, suicídio e outros temas de grande relevância para a sociedade.

Segundo Mauro Campos "Kiese”, a intenção da obra é provocar ao leitor perguntas pertinentes que consigam mover os seus sentimentos mais profundos.

O autor reforçou que a obra traz vivências sociais e a intenção é fazer com que o leitor consiga reflectir sobre diversos assuntos dentro da esfera social, principalmente os voltados para uma reflexão interior dos problemas que levem à construção de uma sociedade mais solidária.

Para Mauro Campos "Kiese”, é possível, actualmente, transformar a consciência das pessoas por meio de um livro. Este é o segundo livro do autor.

"Através deste livro procuramos não trazer todas as respostas a determinadas perguntas, mas, sim, proporcionar novas maneiras dos jovens encontrar por si mesmas respostas às indagações e reflectir acerca da sua própria existência e daquilo que o rodeia.

"O livro tem um pouco das nossas vivências e daquilo que apreciamos ou deixamos de apreciar”, explicou, tendo negado ser uma obra autobiográfica, na medida em que relata diversas narrativas não só do autor, como também do próprio leitor, que pode encontrar um pouco de si na obra.

O autor mostrou-se satisfeito com a forma como decorreu a cerimónia de lançamento e venda da obra em Benguela, que contou com a apresentação da escritora Marta Lopes.

"Atingimos as expectativas, conseguimos cumprir com a missão que nos trouxe a Benguela e saímos daqui com grande satisfação pelos resultados obtidos com o lançamento da obra literária. Vendemos e autografámos a obra para muitos jovens na província de Benguela”, destacou.

A cerimónia de lançamento e apresentação da obra decorreu no pátio do Museu Nacional de Arqueologia, junto à Praia Morena, na cidade das Acácias Rubras.

"A obra foi lançada pela primeira vez na província de Benguela e a nossa maior expectativa, entre todas outras, era de o livro ser bem-recebido em Benguela, do mesmo jeito que aconteceu nas províncias de Luanda e Malanje. E foi o que aqui aconteceu”, enalteceu.

Kiese reafirmou que o principal objectivo da obra é o de transmitir a mudança de mentalidades voltadas para o bem-estar de todos e propor um momento de reflexão em torno daquilo que são os fenómenos que ocorrem na sociedade.

Enaltecido lançamento

O delegado provincial da Brigada Jovem de Literatura em Benguela, Elias Ukuahamba, enalteceu o lançamento da obra, que é mais uma oportunidade de se poder deliciar ao pormenor e viajar nas entrelinhas dos escritos do autor.

"O autor convida-nos para uma reflexão fenomenal à volta da violência e outras ‘pandemias’ sociais”, afirmou, acrescentando que o evolucionismo literário de anónimos escritores deve ser acompanhado pelo crivo nacional de literatura, promovendo sessões formativas na área da escrita criativa e disponibilizar acervos literários para que os jovens se potencializem e sigam com segurança "as pedaladas dos cânones em literatura”.

Elias Ukuahamba mostrou-se satisfeito com o evolucionismo literário, pois Benguela tem estado a receber diversos e bons escritores da nova vaga que fazem a apresentação das suas obras voltadas, sobretudo, aos fenómenos sociais.

O delegado provincial da Brigada Jovem de Literatura Angolana em Benguela, Elias Ukuahamba, referiu, também, a pertinência que os autores das obras fazem na valorização da cultura e da língua.

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