Desporto

Liga Azule arranca na próxima semana

O Campeonato Nacional sénior feminino de basquetebol arranca no próximo dia 12, com nova designação “Liga Azule”, fruto da parceria entre a direcção da Federação Angolana da modalidade e a petrolífera Azule Energy.

04/03/2023  Última atualização 09H25
Direcção de competições do órgão reitor da modalidade tem as condições técnicas asseguradas © Fotografia por: DR

Além de ser o principal sponsor da competição, que vai contar com 11 equipas, o objectivo da empresa é promover e profissionalizar a competição em Angola, por sinal uma das premissas do elenco dirigido por Moniz Silva.

Em declarações ao Jornal de Angola, o analista para o basquetebol Herlander Coimbra disse que o número de parceiros da federação devia ser maior, pois, deste modo, o Governo passará a ter menos encargos. Posteriormente, a FAB vai entregar aos clubes a organização da prova, e estes, por sua vez, podem captar mais patrocínios, antes de passarem a contar apenas com o suporte técnico do órgão reitor. 

"Vai chegar uma altura que a Federação dará apenas o suporte técnico, com as equipas de arbitragem, cedências de campos e manutenção dos mesmos. Caso contrário, se ficarmos sempre a depender do Governo e da Federação, será muito difícil. Os clubes devem estar alinhados com a FAB e tentar captar parceiros para a sustentabilidade do basquetebol feminino”, disse.   

O antigo internacional angolano considera que, a se a Azule Energy se juntou à federação, muito provavelmente é fruto da lisura nas contas, exemplo que deve ser seguido pelos clubes, antes de tentarem captar patrocinadores.

Tratando-se de uma empresa de referência no ramo petrolífero, Herlander Coimbra acredita que os resultados dessa parceria serão benéficos para ambas as partes. De um lado, a visibilidade do sponsor e do outro o desenvolvimento da modalidade nessa classe em particular. 

"Acredito que vai atrair outros parceiros e com o dinheiro que for alocado para gestão do campeonato, os sobressaltos que aconteceram em anos anteriores ficarão para história. Espera-se que o apoio resulte no surgimento de mais equipas, uma pouco por todo o país e, deste modo, elevar o leque para estimular ainda mais os parceiros da FAB”, disse.       

A edição 2023 do nacional sénior feminino vai contar com a participação de onze agremiações, das províncias de Luanda, Malanje, Benguela e da Huíla. Nessa altura, a direcção de competições do órgão reitor da modalidade tem as condições técnicas asseguradas, para a disputa da Supertaça, dia oito do mês em curso, que vai marcar a abertura da época.

O órgão reitor da modalidade pretende, igualmente, um desenvolvimento sustentável do desporto, quer seja profissional quer amador, de modo a promover um estilo de vida saudável, assim como políticas de inclusão e respeito pela diversidade de género.

Enquanto patrocinador principal, a Azule Energy pretende promover a modernização do basquetebol e o desporto em geral, em todo o território nacional, através da implementação de um plano de acções que aproxime praticantes,  espectadores e agentes desportivos, dando oportunidades aos jovens angolanos, tal como refere o comunicado elaborado após a celebração do acordo.

O CEO da Azule Energy, Adriano Monguini, disse que está entusiasmado com o acordo entre a empresa que dirige e a FAB. Referiu que o basquetebol é uma modalidade com tradição no país, que revelou muitos talentos, além de títulos  internacionais. 

"Associar a nossa marca ao Campeonato Nacional sénior feminino reforça o nosso compromisso com a sociedade angolana, com a diversidade e promoção deste desporto tão importante para os angolanos”, argumentou.

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