A actividade serviu, igualmente, para homenagear vários nacionalistas angolanos, com destaque para os quadro fundadores da Liga Africana, nomeadamente Gervásio Viana, José Pinto de Andrade, Sebastião da Costa e Manuel Vieira Dias. Na ocasião, foi descerrada, na sede da instituição, uma placa com os nomes dos patronos.

A abertura da exposição foi feita pelo presidente da direcção da Liga Africana, Óscar Guimarães. No seu discurso de abertura, o presidente afirmou que com esta actividade pretende-se, também, comemorar o 70º aniversário da inauguração do edifício da Liga Africana. "Aproveitamos o mês de Setembro, o mês de Agostinho Neto, para brindar o Herói Nacional, e todos os outros nacionalistas que contribuíram para a independência da nação angolana", disse.

Óscar Guimarães explicou, ainda, que grande parte das fotos expostas faz parte do arquivo da Liga Africana, salientando que todas simbolizam um momento marcante da história da instituição.      

Durante o encontro, a directora do Instituto Nacional das Indústrias Culturais e Criativas, Domingas Monte, em representação do Ministério da Cultura e Turismo, disse que a Liga Africana foi e continua a ser um lugar muito importante na história do país.

"Acabámos de testemunhar através da exposição que temos nesta instituição homens que foram muito importantes na construção da história de Angola, por isso, essa casa também é muito importante para a nossa história, por ser uma herança deixada por esses heróis", declarou.

Domingas Monte disse, ainda, que é importante que se continue a contar às novas gerações a história do país, a fim de que as próximas gerações possam dar continuidade na construção do país. "Agostinho Neto está aqui exposto, e apelo que continuemos a falar desta figura muito importante em Angola. Mas, não devemos falar de apenas da sua versão política, mas também de poeta e escritor".

A exposição contou com a presença de Maria Eugenia Neto, viúva de Agostinho Neto. À saída da actividade, Maria Eugénia Neto, em declarações ao Jornal de Angola, disse que é importante que se continue a recordar o passado, de forma a que as novas gerações conheçam a história do país e aprendam com os erros cometidos passados.

Quanto à homenagem feita a Agostinho Neto, afirmou que a Liga Africana faz bem em continuar a homenagear a figura do Herói Nacional, por ser um símbolo da luta pela libertação e do amor ao próximo.

A exposição foi realizada pela Liga Africana com o apoio da Liga Angolana de Amizade e Solidariedade com os Povos (LAASP) e do Ministério da Cultura e Turismo.

A programação cultural de actividades realizadas pela Liga Africana continua hoje, às 15h00, no anfiteatro da LAASP, com uma palestra sob o tema "A Poética e Literatura Patriótica do Dr. Agostinho Neto na Edificação da Liga Nacional Africana e a sua Contribuição para a Preservação dos Valores da República de Angola". O palestraste será António Quino, professor de Literaturas Africanas.

  Por dentro da exposição

A Liga Africana expôs no total oito quatros, onde foram fixadas várias fotos. Dos oito, duas foram designadas "Agostinho Neto e Nacionalistas", onde há  fotos do Herói Nacional com Basil Davidson, Mendes de Carvalho, Samora Machel e Amílcar Cabral. Na mesma placa, aprecem as imagens de Viriato da Cruz, Lopo do Nascimento, Macedo do Santos, Mário de Andrade e José Eduardo dos Santos.

Seguiram-se três telas designadas "Actividades da Liga Africana". Nelas, há várias imagens das actividades realizadas pela Liga Africana, com destaque para uma das palestras, em alusão ao  40º aniversário da Independência Nacional. Além desta, o dia em que a Liga Africana foi considerada um património histórico-cultural classificado pelo decreto executivo nº 277/17.  

"Dirigentes e Actividades da Liga Africana", é o nome de mais dois quadros, com fotos de dirigentes anteriores à Liga Africana, em reuniões à volta da mesa, e em outras, durante a festa de inauguração do edifício da Liga Africana.

O último quadro contém, na íntegra, uma fotografia dos quatro fundadores da Liga Africana. Este, em especial, foi desforrado por Domingas Monte e Carlos Lamartine.