Política

Líder da CASA-CE toma decisão amanhã

Bernardino Manje

Jornalista

Cerca de dois anos após o afastamento de Abel Chivukuvuku da liderança da CASA-CE, por alegada “quebra de confiança políticas”, é a vez do sucessor, André Mendes de Carvalho “Miau”.

04/02/2021  Última atualização 10H00
© Fotografia por: DR
Quatro dos seis partidos que compõem a CASA-CE exigem a demissão do presidente, por alegada "incompetência na liderança". O visado convocou, para amanhã, uma conferência de imprensa, para pronunciar-se sobre o assunto.
Criada em Abril de 2012, por Chivukuvuku, a CASA-CE é composta por seis forças políticas, nomeadamente os partidos Nacional de Salvação de Angola (PNSA), Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Pacífico Angolano (PPA), Apoio para a Democracia e Desenvolvimento de Angola - Aliança Patriótica (PADDA-AP), Democrática para o Progresso e Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA) e o Bloco Democrático (BD). Destes partidos, apenas dois, o BD, liderado por Justino Pinto de Andrade, e o PADDA-AP, presidido por Alexandre Sebastião André (e líder do grupo parlamentar da CASA-CE), não assinaram a carta entregue, no fim-de-semana, ao colégio presidencial (órgão de cúpula) da coligação, na qual se exige a demissão do almirante.
O Jornal de Angola tentou, ontem, o contacto com André Mendes de Carvalho, mas o deputado não respondia às chamadas.Entretanto, uma fonte próxima ao presidente da CASA-CE confirmou que existe uma carta subscrita por "quatro entes” da coligação, sugerindo que o almirante se demita. Adiantou que a carta está a ser alvo de um "estudo interno”, para um posterior pronunciamento de André Mendes de Carvalho. 
O Jornal de Angola acusou, também ontem, a recepção de um convite de António Nguvulo, assessor principal do presidente da coligação, a convocar, para amanhã, uma conferência de imprensa de Miau.Convidada para fazer uma previsão sobre qual deverá ser o posicionamento do presidente, a fonte disse acreditar que, "pela sua verticalidade, (André Mendes de Carvalho) abdicará da função”.
O regresso de Chivukuvuku?
A fazer fé nas declarações que o deputado independente da CASA-CE Makuta Nkondo prestou à Lusa, há, na coligação, um certo arrependimento pelo afastamento, em Fevereiro de 2019, de Abel Chivukuvuku, da liderança da coligação.
O deputado afirmou que já pediu ao colégio presidencial da CASA-CE para "pedir perdão e apelar ao regresso de Chivukuvuku”. Makuta Nkondo disse ter falado também com Chivukuvuku, a quem apresentou a proposta para retornar à coligação."A sua resposta foi de que não aceita e não recusa a proposta. Tem a porta aberta, só que não pode decidir sozinho porque tem seguidores e foi isso que informei ao colégio presidencial”, contou Makuta Nkondo.
Depois de ter sido afastado da liderança da CASA-CE, Abel Chivukuvuku criou um novo projecto político, o PRA-JA Servir Angola, chumbado pelo Tribunal Constitucional, por "irregularidades” e "insuficiências de assinaturas” para a legalização.

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