A Primeira-Dama da República defendeu, esta terça-feira, em Luanda, a necessidade de se promover um ambiente de aprendizagem e de formação especializada em novos domínios do saber com vista ao empoderamento das mulheres no crescimento da economia.
A Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, participou, esta terça-feira, da cerimónia de lançamento do “Programa de Mentoria para Promover a Inclusão de Mulheres no Sector Petrolífero em Angola” (MUHATU), que decorre, em Luanda.
A rede eléctrica do Leste do país vai estar reforçada com 61 megawatts (MW) de energia, a partir do primeiro semestre do próximo ano, com a entrada em funcionamento de três parques solares.
Cada uma das três províncias da Região Leste vai ser contemplada com uma central fotovoltaica, no âmbito dos investimentos do Executivo em "energias limpas", que visam reduzir os gastos de sectores da economia que ainda desenvolvem as suas actividades com recurso a sistemas térmicos assegurados por geradores, que funcionam à diesel (gasóleo).
Em declarações à imprensa, à margem da visita da governadora provincial da Lunda-Norte, Deolinda Vilarinho, às obras que estão a ser executados no Lucapa, o colaborador da empresa MCA, Raúl Carvalho, disse que o projecto, além de Lucapa (Lunda-Norte), vai abranger as cidades de Saurimo (Lunda-Sul) e Luena (Moxico).
Raúl Carvalho explicou que o projecto prevê sete megawatts para o Lucapa, 27 para Saurimo e igual capacidade de produção de energia fotovoltaica para o Luena, num total de 61 em toda a região. "O Leste vai ficar bem servido, por se tratar de uma energia limpa, que vai ajudar na estabilização da rede e evitar gastos com a aquisição e transporte do Diesel.
O projecto dará, também, a possibilidade de Angola vender energia”, sublinhou Raúl Carvalho.
Esclareceu que, no quadro do estudo de desenvolvimento do projecto, feito pelo Gabinete de Engenharia da MCA, com a Empresa Pública de Produção de Electricidade (PRODEL) e a Sun África, as três centrais foram concebidas com diferentes capacidades de produção, em função do volume de consumo de cada uma das circunscrições.
Acrescentou que, apesar da diferença nas dimensões, está estabelecido que, a partir de cada um dos parques solares, sejam criadas centrais híbridas, através da interligação com os sistemas térmicos.
Lunda-Norte
A central solar do Lucapa, na Lunda-Norte, com sete megawatts de energia, está concluída em mais de 45 por cento, segundo Raúl Carvalho.
Acrescentou que, em termos de montagem mecânica, com a instalação dos painéis solares e estruturas de apoio que compreendem a engenharia civil, o parque do Lucapa está a noventa por cento.
Deu a conhecer que, até agora, já foram colocados 10.600 dos 12.090 painéis solares previstos para o município do Lucapa, faltando a parte das ligações eléctricas, testes dos equipamentos, construção da sala de comando e edifícios de apoio.
"O projecto criou 45 postos de trabalho, prevendo-se contratar, em breve, 150 a 250 jovens, no pico da obra, dando-se prioridade à mão-de-obra local", disse Raúl Carvalho, sublinhando que Angola está a dar os primeiros passos na implantação de energias renováveis.
Segundo Raúl Carvalho, no quadro da parceria entre a MCA e o Executivo, através do Ministério da Energia e Águas, 15 angolanos estão a ser formados pela empresa para futuramente ajudarem nas iniciativas de estudo e implantação de parques solares.
Interligações
As autoridades da Lunda-Norte auguram, com a entrada em funcionamento da central fotovoltaica do Lucapa, que, numa primeira fase, sejam interligados dois sistemas, que vão permitir que a sede municipal tenha capacidade de produção de mais megawatts de energia híbrida (térmica e solar), informou o vice-governador para os Serviços Técnicos e Infra-Estruturas.
Domingos Dala acrescentou que, além das centrais solar e térmica, o sistema do Lucapa vai, futuramente, estar interligado à energia da Barragem Hidroeléctrica do Luachimo, no Dundo.
Informou que, com um prazo contratual inicial de 29 meses, a execução física das obras de instalação da central fotovoltaica do Lucapa está a superar as expectativas, uma vez que mais de 45 por cento estão concluídos.
As obras de reabilitação do aproveitamento hidroeléctrico e aumento de potência do Luachimo, de 8.4 para 34 megawatts, estão em fase final, disse Domingos Dala, acrescentando que, até à sua conclusão global, juntando-se à energia produzida no Chitato, município do Cambulo e arredores poderão ser beneficiados.
Acrescentou que a construção da Central Solar do Lucapa, situada a nove quilómetros da sede municipal, foi lançada em Julho do corrente ano, pelo secretário de Estado para a Energia, António Belsa Costa. Até à conclusão das obras, as previsões apontam para a instalação de 12.090 painéis, o que vai permitir a poupança de cerca de cinco mil litros de combustível por ano, que eram gastos para manter funcionais as fontes térmicas. ~
O projecto visa impulsionar o crescimento e desenvolvimento económico, tendo em conta que as perspectivas apontam para a criação de mais de 3.500 negócios. A central vai ser instalada numa área de três hectares e está avaliada em 19.706.428 euros, 80 por cento dos quais financiados pela Suécia e 20% pela África do Sul.
Projecto de energias limpas para milhares de famílias
Angola está a ser pioneira no domínio de instalação de energias renováveis, com sete projectos nas províncias da Lunda-Norte, Lunda-Sul, Moxico, Benguela, Bié e Huambo.
A previsão das autoridades é que a energia solar beneficie cerca de 1,2 milhões de famílias em todo o país, com vista à promoção do acesso a uma electricidade limpa e barata.
Recentemente, o director do projecto de reabilitação e aumento de potência do aproveitamento hidroeléctrico do Luachimo, Joaquim Garcia, explicou que duas das quatro turbinas do empreendimento devem iniciar a actividade entre finais de Novembro e princípio de Dezembro deste ano, para, numa primeira fase, fornecer energia eléctrica à cidade do Dundo, sede capital da província da Lunda-Norte
Após a entrada em funcionamento das quatro turbinas previstas, a barragem do Luachimo passará a gerar 34 megawatts. Quando estiver completamente concluída, serão beneficiadas cerca de 10.600 famílias dos municípios do Chitato, Cambulo e Lucapa.
Joaquim Garcia disse que decorrem os ensaios em carga, incluindo trabalhos para a finalização dos testes nas duas primeiras turbinas da barragem, cuja execução física geral das obras já ronda os 90 por cento.
O director do projecto esclareceu que foram construídas duas subestações, dotadas de linhas de transporte de 60 KVA cada, que partem do aproveitamento hidroeléctrico do Luachimo à central térmica do Cacanda, no bairro Samunhinga.
As restantes duas turbinas chegam ao país nos próximos dias, provenientes da Alemanha, informou o engenheiro Joaquim Garcia, que ressaltou a vontade e esforço financeiro do Executivo, para assegurar a conclusão do empreendimento.
Informou que o projecto de reabilitação e aumento de potência da Barragem do Luachimo é uma das obras estruturantes em curso que o Executivo pretende ver concluída, no quadro do crescimento da economia da Lunda-Norte e de toda a Região Leste.
Acrescentou que a construtora chinesa "Gezhouba Group Company Limited” (CGGC), especializada em projectos de construção de barragens, tudo faz para cumprir os prazos do contrato do projecto, avaliado em mais de 212 milhões de dólares Construída em 1957, sob orientação da então Companhia de Diamantes de Angola (Diamang), a barragem do Lucahimo está a ser transformada numa infra-estrutura moderna, adequada aos padrões internacionais.
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