Temas como "Redemption’s song", "War", "One Love" e outras com mensagens de resistência, liberdade e amor do “Rei do Reggae” estiveram em evidência na voz do músico Legalize, acompanhado pelo grupo Bantu Killa.
Bob Marley, a voz imortal do estilo musical reggae e da espiritualidade rastafari, foi homenageado, sexta-feira, no espaço Gosto do Leitão, localizado em Luanda, pelo músico Legalize, em alusão ao 43º aniversário da sua morte, assinalado a 11 de Maio de 1981, quando tinha apenas 36 anos.
Durante o acto de homenagem, Legalize, na companhia do grupo Bantu Killa, interpretou, ao vivo, vários sucessos do mais conhecido músico de reggae de todos os tempos e símbolo de resistência negra, espiritualidade, defesa dos direitos humanos e luta por justiça social.
Os músicos, com o concerto, almejaram continuar a preservar o legado de Bob Marley. O artista de destaque, Legalize, justificou o sentimento de felicidade dos presentes. "Apesar de ter partido, Bob Marley deixou um repertório que vai continuar a ser consumido por milhares de gerações”, disse.
"Apesar de terem passado 43 anos da sua morte, o nome de Bob Marley continua sonante nos ouvidos das pessoas, pois o artista deixou um vasto acervo , composto por uma discografia que aborda questões muito presentes no mundo actual, como racismo, desigualdades sociais, colonialismo e os efeitos devastadores das guerras, factos que ainda se verificam e agora acirrados na sociedade moderna", afirmou Legalize.
O artista, que combina o reggae com a música nacional, destacou que "Bob Marley continua o ícone número um, como se costuma dizer, é uma fonte de inspiração para os amantes do reggae e da música de um modo geral".
O vocalista do grupo Bantu Killa, Masta Kaya, manifestou-se satisfeito por partilhar o palco com Legalize, uma das referências do estilo reggae no país, para homenagear a maior estrela do género musical reggae da história.
"Foi uma homenagem ao imortal Bob Marley, por isso tínhamos de apresentar o que melhor podíamos", afirmou.
O artista explicou, também, o quanto o estilo reggae significa para si, sublinhando, primeiro, que representa ele como africano e depois como rasta.
"O reggae não é uma simples música, porque possui uma dimensão imensa. Reggae é algo que transforma a alma e a mente, é muito importante para os seres humanos. Quem escuta reggae conhece o mundo e os seus fenómenos", sublinhou.
O
Reggae que "bateu"
com gosto
Os convivas sentiram a batida do reggae com gosto na noite de sexta-feira. Entre os clássicos de Bob Marley foram cantados e dançados "Coming in From the Cold", "Three Litlle Birds", "War", "No Woman, No Cry", "Redemption Song", "Africa Unite" e "One Love".
Em "Genesis", "Dreadlock in City" e "Festa", Legalize soltou canções autorais dos projectos em reggae, e em "Rumba Negra", de Urbano de Castro, "Undenge Uami", de David Zé, e "Pangiami", de Toni Caetano, versionou clássicos nacionais em reggae.
Durante o concerto, os artistas apresentaram também músicas autorais e de outros artistas. Amambo, baixista, interpretou em kikongo um tema na abertura e a corista Fina optou por dois temas de Bob Marley.
Masta Kaya, vocalista do grupo, brindou os convivas com "Nasci no Gueto" e "Jah Issac" uma homenagem ao precursor do movimento rasta em Angola. Em "Kimbele", dueto com Legalize, também prestaram uma homenagem a Pop Show, artista já falecido que foi líder do inesquecível conjunto musical "Afra Sound Stars”.
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