O Executivo aprovou, na manhã desta quinta-feira, em Conselho de Ministros, um diploma que suspende, por três anos, a exportação de madeira bruta no país, para promover a exploração sustentável dos recursos florestais, proteger o ambiente e garantir a reflorestação.
Os funcionários públicos e agentes administrativos que trabalham em zonas de difícil acesso e desprovidas de ofertas de bens e serviços essenciais vão passar a beneficiar, a partir deste ano, de subsídios de isolamento, instalação, renda de casa e de preferência na mobilidade do cônjuge ou unido de facto e ao acesso à habitação, entre outros benefícios atribuídos pelo Estado.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), em parceria com o Ministério do Interior, procederam, no Dundo, capital da Lunda-Norte, ao lançamento do Fundo de Consolidação da Paz, avaliado em cinco milhões de dólares, para promover a estabilidade das comunidades fronteiriças e encontrar soluções duradouras do fluxo migratório entre Angola e a República Democrática do Congo (RDC).
Adiantou que do valor global do fundo, à parte angolana foram atribuídos 1,6 milhões de dólares, foi repartido para diferentes parceiros, com vista a implementação do projecto. Ou seja, um milhão de dólares destina-se ao ACNUR e os restantes 600 mil dólares para a Organização Internacional para as Migrações.
Durante a apresentação do Fundo de Consolidação da Paz às autoridades da Lunda-Norte, Alberto Muxa explicou que o mesmo comporta dois principais eixos, tendo o primeiro a ver com a promoção da paz e estabilidade na República Democrática do Congo (RDC) e o segundo está relacionado com a gestão eficaz da fronteira angolana com aquele país vizinho. Em Angola, conforme esclareceu, o projecto vai ser apenas implementado na província da Lunda-Norte, devido ao elevado índice de fluxo migratório que se registou na fronteira, com a entrada massiva em 2017 de refugiados da RDC que fugiam dos conflitos políticos e étnicos no país de origem.
O fortalecimento da segurança ao longo da fronteira e das respectivas comunidades constam das premissas do projecto, esclareceu Alberto Muxa, acrescentando que se pretende, também, reforçar a capacidade de gestão migratória e dos mecanismos de coordenação transfronteiriça.
Repatriamento de
refugiados
O chefe do escritório do ACNUR no Dundo, Chrispus Tebid, destacou que o fundo é um instrumento financeiro da ONU para apoiar a paz em países em conflito ou em risco de conflito e visa responder ainda aos desafios resultantes do fluxo de refugiados e migrantes. O projecto, disse, começou a ser implementado este ano (2022) e vai até ao fim de 2023.
Ao longo do corrente ano, o fundo já financiou o regresso voluntário e organizado de refugiados da RDC abrigados desde 2017 no assentamento do município do Lóvua, na província da Lunda-Norte.
O processo permitiu, até agora, que um total de 820 famílias 200 regressassem ao país natal. Destacou ainda a formação de autoridades policiais, visitas de avaliação às fronteiras e campanhas de sensibilização junto das comunidades na Lunda-Norte, como acções de relevo realizadas com o suporte financeiro do projecto.
Chrispus Tebid anunciou que nos próximos dias o ACNUR começa a trabalhar com as equipas técnicas do Governo Provincial da Lunda-Norte para a identificação das referências e respostas a serem dadas na fronteira, incluindo uma acção de formação, com a duração de dois dias, dirigida aos intervenientes, tendo em vista a sua preparação para eventuais situações de emergência humanitária.
Impacto do projecto
A chefe de Departamento de Protecção e Monitorização dos Direitos Humanos do Ministério do Interior, Sílvia Lunda, ressaltou que o impacto do projecto tem a ver com o facto de incluir o reassentamento e integração das populações em zonas de conflito, como é o caso dos refugiados da região do Kassai, na RDC, em que mais de 35 mil cidadãos fugiram da instabilidade no país de origem em Março de 2017 e receberam segurança em Angola, concretamente na Lunda-Norte.
Destacou que a iniciativa contempla, também, a reintegração sócio-económica dos cidadãos, através do fortalecimento de equipamentos para o empreendedorismo, capacitação de quadros da Polícia de Guarda Fronteira, Serviço de Investigação Criminal (SIC) e Serviço de Migração e Estrangeiros (SME).
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