O evento foi o primeiro no quadro do acordo assinado, em Maio do ano passado, entre a União Nacional dos Artistas e Compositores-Sociedade de Autores "UNAC-SA" e a Associação de Hotéis e Resorts de Angola"AHRA.

O concerto ficou marcado com uma combinação de tendências musicais. Ângela Ferrão apostou nas línguas nacionais, levando ritmos assentes nas recolhas do cancioneiro tradicional, enquanto Konde apresentou, essencialmente, kizomba e acrescentou elementos da world music. 

Os artistas foram acompanhados por Júlio Puenga (baixo), Joaquim Pedro (bateria), Mando Mambu (teclados), Francisco Mambu (percussão), Cristiano Zitoki (guitarra) e as coristas Edmira Gabriela e Teresa Maiedela.

O primeiro momento esteve a cargo do grupo Kudimuena Kota que proporcionou uma "viagem” pelos ritmos tradicionais. 

Konde explorou alguns temas de " Sons D`Alma", disco lançado em Abril deste ano, e sucessos dos cinco anteriores: "Sina” (2005), "Minhas Mágoas”( 2007), "Kianda Luanda”( 2009), "Dança comigo” (2011) e "Te amo e não Nego” (2018).

Depois da fase como artista de bar, Konde conquistou o cenário musical com a balada "Cantei”, seguindo-se, depois, os temas no estilo kizomba que animam as pistas de danças. "Kátia”, "Morena”, "Negra”, "Nesse som” e "Juju” são os principais sucessos. O artista inspira-se nos estilos jazz, bossa nova, world music e clássicos angolanos, com incidência nos estilos massemba, semba, kizomba e kilapanga.

Ângela Ferrão tem cantado e encantado em palco com o feitiço musical de "Wanga”, tema marcante da carreira da artista e que dá título ao primeiro disco, lançado em 2007. Nos últimos concertos, tem explorado as músicas "Lazaro”, "Nzenze”, "Angelina” e "Kamuyaye” do disco "Minhas Raízes", de 2017, segundo álbum da carreira.

Do álbum de estreia "Wanga”, a cantora interpreta as canções "Sala Kanawa”, de Gabriel Tchiema, e "Seu Azul”, de Euclides da Lomba. Natural do Cuanza-Sul começou a carreira ao participar em concursos infantis na terra natal. Surgiram outros desafios como participação no Festival da Rádio Antena Comercial (LAC), Prémio Cidade de Luanda, no qual conquistou o troféu, e na primeira edição da Gala à Sexta-feira da Televisão Pública de Angola (TPA), tendo ficado no terceiro lugar.

Na edição passada, estiveram no Almoço Angolano Acácio Bembes e Flay que foram acompanhados pela Banda Real. Antes na abertura da temporada de 2024, Robertinho, Pedro Cabenha e Baló Januário foram os artistas que actuaram

O projecto arrancou em Junho de 2022 com Calabeto e por ele tem passado vários artistas nacionas. O Almoço Angolano serviu como modelo para a implementação do protocolo entre a União Nacional dos Artistas e Compositores - Sociedade de Autores (UNAC-SA) e a Associação de Hotéis e Resorts de Angola (AHRA).