A cidade do Dundo, província da Lunda-Norte, vai acolher, terça-feira, o Acto Central das celebrações de 17 de Setembro, Dia do Herói Nacional.
A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), do qual Angola é membro, está a trabalhar na elaboração de uma Estratégia Regional sobre a Juventude, Paz e Segurança (YPS), com vista à partição deste segmento nos processos de prevenção e resolução de conflitos na região.
O Presidente Paul Kagame agradeceu, domingo, em Kigali, ao Chefe de Estado angolano, João Lourenço, pelos esforços que tem levado a cabo para a pacificação do Leste da República Democrática do Congo (RDC), cuja crise ali instalada afectou as relações entre os dois países vizinhos.
Paul Kagame destacou as acções do estadista angolano, no quadro deste processo, durante o seu primeiro discurso oficial depois de tomar posse para um novo mandato de cinco anos. "Gostaria de fazer uma pausa para agradecer aos Presidentes de Angola, João Lourenço, do Quénia, William Ruto, entre outros, por tudo o que fizeram e continuam a fazer em prol da paz no Leste da RDC", declarou o líder rwandês.
Paul Kagame referiu que, neste ano de 2024, as crises interligadas que definem a região a que pertence e o mundo continuam a criar incertezas e desconfianças, como resultado de desigualdades não abordadas e padrões duplos.
O estadista rwandês lembrou que a paz, na região, é uma prioridade para o Rwanda, mas lamentou o facto de ter faltado, particularmente no Leste da RDC.
Por outro lado, ressaltou que esta mesma paz não pode ser entregue por ninguém, de lugar nenhum, não importa quão poderoso seja, se a parte mais directamente envolvida não fizer o que é necessário. "Sem isso, os esforços sinceros de mediação pelos líderes regionais mandatados não podem funcionar como pretendido", salientou Paul Kagame, para quem a paz não pode acontecer sozinha, todas as partes envolvidas têm de dar passos neste sentido.
No entender do líder rwandês, que discursava para mais de 40 mil cidadãos presentes no Estádio Internacional Amahoro, em Kigali, todos são chamados a fazer a sua parte, sobretudo as coisas certas, para se alcançar e sustentar a paz.
"Isso não deve ser visto como um favor a ninguém", destacou.
No entender de Paul Kagame, a paz deve ser entendida como uma necessidade, por ser uma questão de direitos das pessoas, lembrando ser impossível haver paz real se estes direitos não forem respeitados.
O estadista rwandês definiu este momento como propício para se reflectir profundamente sobre o tipo de mundo que se pretende para as próximas gerações.
Como uma comunidade global, prosseguiu Paul Kagame, "temos mais em comum do que pensamos e, dentro de nós, sempre temos as ferramentas para reparar, renovar e redefinir”.
O Chefe de Estado rwandês ressaltou que, como todo o mundo, o que mais importa para África é ver a sua população viver de forma segura, saudável e digna.
Para Paul Kagame, isto é um imperativo e é uma responsabilidade da qual os líderes africanos não podem evitar ou terceirizar.
Lembrou que a União Africana (UA), desde a sua criação, tem sido fundamental na construção dessa herança comum para forjar um futuro mais integrado, onde as muitas vozes do continente podem ser ouvidas.
"Da segurança à saúde, infra-estruturas e emprego para os jovens, estamos a assumir a responsabilidade dos nossos desafios e a oferecer soluções", frisou.
Kagame defendeu ser esta a mentalidade que aproxima e cria mudanças positivas ao longo do tempo entre os africanos.
Paul Kagame prometeu lealdade ao seu povo, a defesa da Constituição e das leis, o cumprimento das suas responsabilidades, a preservação da paz e da soberania nacional e a consolidação da unidade nacional. Jurou, igualmente, não usar os seus poderes para ganho pessoal, mas, sim, para servir os interesses de todos os rwandeses.
O Presidente João Lourenço, presente entre os mais de 20 Chefes de Estado na cerimónia de posse de Paul Kagame, foi mandatado pela União Africana para desempenhar o papel de mediador do conflito entre Kigali e Kinshasa, provocado pela crise de paz e segurança no Leste da RDC. O Chefe de Estado angolano recebeu o mandato durante a 16ª sessão extraordinária da Assembleia da União Africana sobre o Terrorismo e Mudanças Inconstitucionais de Governos em África, realizada no dia 28 de Maio de 2022, em Malabo, Guiné Equatorial, na qualidade de Presidente em exercício da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) e Campeão para a Reconciliação e Paz em África. No quadro desta mediação, o estadista angolano conseguiu um novo cessar-fogo para aquela região, que vigora desde à meia-noite do dia 4 deste mês de Agosto.
O Acordo foi assinado, em Luanda, entre as delegações ministeriais do Rwanda e da RDC, sob a mediação angolana.
Além desta solução, a mediação angolana conseguiu, também, para esta crise, a criação do "Roteiro de Luanda", documento que aponta os caminhos para a pacificação do Leste da RDC.
Este documento foi aprovado, na capital angolana, no dia 6 de Julho de 2022, durante a Cimeira Tripartida da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), entre Angola, RDC e Rwanda.
A Organização das Nações Unidas (ONU) considerou, em Maio do ano passado, o Roteiro de Luanda importante para a resolução da crise reinante no Leste da RDC, sublinhando tratar-se de um apoio valioso para o fim da crise naquela zona volátil da RDC.
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