Promovida pelo Conselho das Igrejas Cristãs, em parceria com a Aliança Evangélica de Angola (AEA), a actividade decorreu na Casa da Cultura e visou exortar a juventude religiosa sobre os perigos do uso inadequado das redes sociais.

O coordenador da Comissão Provincial das Igrejas no Moxico, bispo Macano Pedro, considerou que o mau uso das redes sociais constitui uma das grandes preocupações da sociedade cristã, em função dos vários crimes que são cometidos por jovens nessas plataformas.

O bispo acrescentou que o mau uso das redes sociais está a aumentar, cada vez mais, o nível de delinquência no seio da juventude, com práticas de vários crimes, muitos dos quais envolvendo a violência física e mortes, manifestações desviantes dos princípios bíblicos.

Macano Pedro exortou os jovens cristãos a promoverem a paz, tranquilidade e harmonia sociais, bem como a respeitarem as autoridades do Estado. "A Igreja condena todos os actos de vandalismo e manifestações não autorizadas que perturbam a paz”, disse o religioso.

Referiu que os cristãos devem promover a paz, baseada nos valores humanos e na criatividade de cada um, para superar as dificuldades, seguindo sempre o exemplo de Cristo, o Príncipe da Paz.

O bispo Macano Pedro salientou que a Igreja, por ser a reserva moral da sociedade, tem de contar com uma juventude que se abstenha do pecado e seja diferente do mundo quanto ao uso das novas tecnologias que a ciência oferece.

O chefe de Departamento do Combate aos Crimes e Corrupção, Elisário Cassanguili, afirmou que as redes sociais são serviços destinados a criar relações de amizade e harmonia entre pessoas que partilham interesses comuns e não podem ser usados como um instrumento para ferir a liberdade de expressão e o bom nome dos indivíduos.

Realçou que o Ministério do Interior está preocupado com os crimes nas redes sociais, sobretudo os cibernéticos, por causa do uso abusivo de cartões Multicaixa Express, imagens fotográficas, vídeos e gravações.

Elisário Cassanguili alertou os jovens a evitarem a exposição de dados pessoais nas redes sociais e encorajou os participantes a ter a cultura de denúncia sobre todos os crimes que ocorrem nas comunidades.

Desde Janeiro de 2022 até à presente data, o Departamento Contra os Crimes e Corrupção registou 29 denúncias ligadas a cibercrimes e destas 14 são de burlas de cartões multicaixas.