Fernando João, que discursava no encerramento da primeira cimeira de liderança da juventude, uma parceria entre a empresa Mind Set Office e o Instituto Angolano da Juventude (IAJ), disse ser importante continuar a investir na capacitação e formação dos jovens para os novos desafios do país.

Tal como defendeu a ministra Sacramento Neto, na abertura do encontro, o secretário de Estado para a Juventude advogou que a juventude deve continuar a ser valorizada, reconhecendo-se-lhe o mérito, competência, excelência, criatividade e espírito inovador.
Fernando João considerou o tema da cimeira - "Pensar Angola, liderar para desenvolver”  - uma forma de inclusão que revela o potencial da juventude no reconhecimento da diferença como factor de riqueza, competição e superação.

Disse ser preciso ter uma juventude cada vez mais comprometida com a ciência, empreendedorismo e a técnica, de forma a ser mais competitiva, quer a nível nacional, quer internacional. O encontro de ontem, considerou, coincide com a implementação da primeira edição do Prémio Nacional da Juventude, que distingue jovens que se destacam no empreendedorismo, investigação e empresariado juvenil, cultura, artes, criatividade e inovação, entre outras. Fernando João disse ser obrigação do Estado incentivar o crescimento da juventude, de modo a facilitar a sua integração nos vários domínios da vida política, económica, social e cultural do país.

O director-geral do IAJ, Jofre dos Santos, considerou o encontro "bastante produtivo”, pois foi possível colher contribuições interessantes sobre a participação dos jovens na vida cívica, política e económica do país.  Também declarou ter sido possível reconhecer as inúmeras potencialidades dos jovens, bem como o compromisso que têm no desenvolvimento sustentável do país. "O desafio é de continuar a promover espaços de interacção e remeter as principais recomendações saídas do encontro às instituições competentes para a execução”, garantiu.

Quanto à participação dos jovens na tomada de decisões nacionais, o representante da Associação dos Estudantes das Universidades Privadas de Angola (AEUPA), Eduardo Pedrosa, apontou como solução a revisão dos regulamentos, assim como a criação de um grupo a nível nacional junto dos municípios, bairros, distritos e comunas, a fim de identificar os problemas, congregar ideias e solucioná-los.