A exibição da peça de teatro, que marca a abertura do ano cultural do grupo, aborda de forma critica a questão da mercantilização da fé e a teologia da prosperidade que nos últimos tempos tem sido de forma desenfreada, onde uma franja da sociedade são as mais visadas, sobretudo na cidade capital.

De acordo o responsável do grupo, António Kativa, com essa obra pretende-se levar à reflexão da sociedade sobre a temática da mercantilização da fé. "A nossa maior preocupação é resgatar o papel social e pedagógico das igrejas. Alias, as igrejas, na sua essência, sempre tiveram um grande papel na vanguarda da moral sociedade e sempre foi vista como uma instituição acolhedora, caridosa, pacificadora, e nisto urge a necessidade de resgatar o verdadeiro perfil das igrejas”, referiu o responsável.

O grupo de teatro "Jovem da Mulemba” foi fundado no dia 10 de Setembro de 2011, no distrito 11 de Novembro, no bairro Mulemba Waxa Ngola. Nestes anos de existência  tem feito trabalhos comunitários de sensibilização por meio do teatro nos mercados, escolas, igrejas e hospitais, assim como exibições em salas convencionais e teatros corporativos para diversas empresas.

O grupo é parceiro da Fundação Artes e Culturas (FAC) e procura ter uma maior visibilidade.Em 2018 começou a fazer espetáculos no centro da cidade e participam com as representações de teatro em algumas actividades do Banco Nacional de Angola (BNA), Sonangol, Pumangol e a empresa de transformação Três Xeques.

O "Jovens da Mulemba” conquistou o primeiro diploma de mérito no ano de 2020, nos Prémios Nova Geração, como melhor grupo de teatro do ano, numa iniciativa do Conselho Provincial da Juventude e a comissão executiva dos Prémios Nova Geração.