O secretário de Estado para a Comunicação Social, Nuno Caldas Albino, reafirmou, esta sexta-feira, em Luanda, que o Executivo continuará apoiar e a incentivar o surgimento de mais actores para o mercado publicitário angolano.
Os jornalistas Paulo Miranda Júnior, de Angola, e Tim Filho, do Brasil, destacaram, ontem, na cidade do Huambo, a importância da classe jornalística trabalhar mais em prol da divulgação dos problemas comunitários, de forma que o jornalismo cidadão seja uma realidade, em breve, a nível nacional.
Para o jornalista Paulo Miranda, um dos formadores do seminário de capacitação sobre "Jornalismo Cidadão”, que decorre, desde segunda-feira, no Huambo, é preciso que os membros da classe primem mais, também, pela transparência na abordagem das matérias, em especial as ligadas à governação participativa.
O formador disse que não é possível fazer governação participativa em Angola sem comunicação e os jornalistas são um elemento fundamental na criação de uma ponte entre as comunidades e os Governos.
A iniciativa, dirigida aos jornalistas de distintos órgãos de Comunicação Social, público e privados, e os directores e membros dos Gabinetes Provinciais do Huambo, Benguela, Huíla, Luanda e Malanje, vai, na opinião de Paulo Miranda, munir os participantes de conhecimentos para ajudarem a tornar, cada vez mais, o cidadão um elemento activo de todo o processo de governação participativa.
A formação, iniciativa do Projecto de Apoio à Sociedade Civil e à Administração Local em Angola (PASCAL), referiu, é um passo essencial na afirmação do "jornalismo cidadão”, assente no exercício da prática com a envolvência das comunidades.
Com a acção formativa, sublinhou, os participantes vão ajudar, com contribuições mais relacionadas com as comunidades, a melhorar o quadro legislativo institucional, reforçar a capacidade de organização da sociedade civil e aumentar a sensibilização do cidadão em relação à governação participativa.
"Há, hoje, uma necessidade muito grande de tornar, cada vez mais, o cidadão participe em todo processo de governação. Os directores dos Gabinetes de Comunicação Institucional dos Governos Provinciais têm a responsabilidade, a nível dos seus órgãos, de contribuir para uma governação participativa e actuante”, salientou.
O jornalista e docente brasileiro, Tim Filho, o outro, formador do seminário, enalteceu a iniciativa do PASCAL e pediu aos jornalistas convidados a trabalharem mais de forma a envolver o cidadão no processo de comunicação. "É preciso criar uma rede de jornalistas que comecem já a trazer a abordagem do jornalismo cidadão e a governação participativa”.
A formação, realçou, está a permitir discutir, com os participantes e os membros da PASCAL, a possibilidade de se criar um manual metodológico, com explicações de como os jornalistas podem transmitir ou replicar os vários conteúdos ligados às comunidades nos órgãos de comunicação.
Estratégia abrangente
O vice-governador para o sector Político, Económico e Social referiu que o seminário é parte da estratégia abrangente de modernização da administração do território, em especial a nível local e vai contribuir para uma governação mais eficiente e próxima do cidadão, capaz de causar impacto significativo no desenvolvimento dos municípios e das respectivas populações.
Angelino Elavoco frisou que o Executivo tem trabalhado para promover uma governação de proximidade e reconheceu que a administração local é o primeiro ponto de contacto de proximidade com a maioria dos cidadãos.
O vice-governador esclareceu que o lema "A vida faz-se nos Municípios” é também aplicado na abordagem do seminário sobre comunicação "Jornalismo Cidadão”. O vice-governador acredita que a formação vai permitir capacitar os jornalistas a estarem mais equipados com habilidades técnicas.
Comunicar bem
O director-geral do projecto em Angola disse que o acesso à informação é um direito constitucional do Estado e pediu aos jornalistas para respeitarem o princípio de comunicar bem e assertivamente, a fim de promover o princípio de informar com verdade e rigor.
Pablo Lopes sublinhou que a formação vai ajudar os jornalistas a terem noção dos passos a dar com a intenção de assegurar que os cidadãos e as comunidades tenham confiança na classe. "A formação, certamente, vai reforçar os conhecimentos dos profissionais de comunicação que têm a missão de manter a sociedade informada”, disse.
A formação
A acção formativa, iniciativa do Projecto de Apoio à Sociedade Civil e à Administração Local em Angola (PASCAL), com apoio da União Europeia, decorre no Centro de Formação de Jornalista (Cefojor) do Huambo.
A actividade termina, hoje, e vai permitir aos participantes obter mais conhecimentos teóricos e práticos em matérias relacionadas com "Princípios e éticos do Jornalismo Cidadão”, "Exploração dos valores éticos” e "Responsabilidade no Jornalismo”.
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