Cultura

Jornalistas estrangeiros visitam centro de produção de violinos

Paulo Antônio Pereira Pinto |*

*Embaixador aposentado, autor de “Percurso Diplomático Diferenciado pela África”, 2021, Editora AGE

O maior centro de produção de violinos da China, localizado no Distrito de Pinggu, em Pequim, produz anualmente 200 mil unidades do instrumento musical, 80 por cento dos quais comercializados para mais de 30 países da Europa, América e regiões do Sudoeste Asiático.

11/03/2023  Última atualização 09H10
© Fotografia por: DR

Quinta-feira, por ocasião do programa de formação e visitas de trabalho promovido pelo Centro de Imprensa Internacional da China, um grupo de jornalistas estrangeiros, em representação de 68 países, incluindo Angola, conheceu os meandros da empresa de fabrico de violinos, um instrumento musical utilizado pela banda angolana Orquestra Sinfónica Kapossoka.

De acordo com Maryli Daoli, responsável do Centro, a também denominada "Beijing Huadong Musical Instrument” foi fundada em 1988, e é orientada pelos fabricantes de violinos de classe mundial, Dai Hongxiang e Wang Chonggui.

Instalada numa área total de 14.200 metros quadrados, a empresa é constituída por um Salão de Cultura do Violino, sala de violinos de alto nível e Sala de festas e actividades de grupo. O local representa o grande impulso na indústria de fabricação de violinos de Pequim.

Nos últimos 33 anos, segundo Maryli Daoli, a empresa emergiu como fabricante líder profissional de violinos no norte da China, sendo "o principal fornecedor do instrumento musical para as comunidades”.

Maryli Daoli revelou, por outro lado, que a empresa dá passos significativos no seu processo de desenvolvimento promissor, considerando que "um em cada três violinos no mundo é produzido na cidade chinesa de Pinggu”.

"Como a empresa é uma central que ganha divisas estrangeiras por meio de exportações de violino, a cidade também é conhecida como centro de produção de violino”, esclareceu.

Cultura do violino

O violino é uma reprodução da viola ou guitarra em tamanho menor. A responsável do centro de produção do instrumento musical sublinhou que o grande objectivo da empresa prende-se em "herdar a cultura mundial do violino, levando adiante o espírito artesanal e tornando-se um gigante centenário”.

Sustentou a ambição com o facto de "a empresa fabrica violinos de alta qualidade com espírito artesanal, espalha a cultura do violino "afirmando-se no mercado” e "tornando-se uma marca mundial”, sem perder de vista a responsabilidade social, obedecendo rigorosamente às instruções para serviços de produção em grande escala.

Em 2016, a empresa foi estabelecida como um marco importante na história da produção tradicional de violinos, bem como na educação, treino musical, intercâmbio de cultura musical, artes cénicos e outras indústrias.

"Mais de 100 eventos de intercâmbio de cultura musical sem fins lucrativos foram realizados nesta cidade (Pinggu)”, esclareceu a responsável do Centro, para em seguida acrescentar que, em 2017, por ocasião dos eventos de intercâmbio cultural da música sino-ocidental, organizados pela Companhia, o Governo Popular do Distrito de Pinggu rubricou um acordo de cooperação com a cidade de Valência (Espanha).

Fruto deste acordo, professores de música espanhóis têm sido convidados a ministrar "Virtuoso Classes” no distrito de Pinggu, regularmente. A Sala de Experiência da Cultura do Violino, construída em 2009 e actualizada em 2017, tem a assinatura do prestigiado violinista chinês, Sheng Zhongguo.

Com uma extensão total de 800 metros quadrados, é composto por quatro áreas, nomeadamente, área de exibição de vídeo, corredor cultural, área de exposição de materiais e ferramentas e estúdio de violino.

Um violino custa, em média, na China, a quantia de 10 mil yuan (cerca de 728 mil kwanzas). O violino mais caro até então vendido pela fábrica de produção do instrumento musical, em Pinggu, encontra-se no Museu Ashmolean, em Oxford (Inglaterra), e foi comprada em leilão ao preço estrondoso de 10 milhões de dólares, em 2008, tornando-se no violino mais valioso de sempre.


Paulo Caculo | em Pequim

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