Coronavírus

Itália pretende vacinar 80 por cento da população

O responsável pela gestão da pandemia em Itália, o militar Paolo Figliuolo, fixou como objectivo aumentar o ritmo da taxa de vacinação no país para 500 mil doses diárias e ter 80% da população vacinada até Setembro.

15/03/2021  Última atualização 13H04
© Fotografia por: DR
A informação consta do plano de vacinação, com o qual pretende alcançar a imunidade de grupo em Itália o mais rápido possível, informou ontem o Governo italiano, em comunicado.
O documento, elaborado de acordo com o Plano Estratégico Nacional do Ministério da Saúde, assenta na distribuição eficiente e oportuna das vacinas, no aumento das doses diárias e nos postos de vacinação.

"A meta é atingir a quantidade de 500 mil doses diárias a nível nacional, vacinando pelo menos 80% da população em Setembro, triplicando a média diária de vacinações nas últimas semanas, o equivalente a cerca de 170 mil", refere o comunicado.
A Itália recebeu já 7,9 milhões de doses, que serão duplicadas nas próximas três semanas, e as autoridades esperam que cheguem outros 52 milhões no final de Junho e 84 milhões antes do Outono.

Até ao momento, foram inoculadas 6.430.266 doses e 1.922.072 pessoas estão imunizadas por terem recebido as duas que necessitavam.
O plano do responsável pela gestão da pandemia prevê que seja constituída uma reserva de vacinas equivalente a 1,5% das doses para poder responder de forma imediata a necessidades inesperadas, dirigindo recursos às zonas com maiores contágios.

Também será aumentado o número de pessoas que vacinam, com até 44 mil clínicos gerais, 60 mil dentistas e até 23 mil médicos especialistas, e será possível ter, através de acordos que ainda têm de ser fechados, pessoal da Federação de Medicina Desportiva italiana, médicos de ambulatório e farmacêuticos.

Se necessário, serão contratados mais médicos e enfermeiras.
Para favorecer o ritmo de vacinação, serão aumentados os postos de vacinação, podendo ser utilizadas fábricas, grandes áreas de distribuição, ginásios, escolas e até estruturas de associações e da Conferência Episcopal italiana.

A Itália registou 26.062 contágios do novo coronavírus e 317 mortos nas últimas 24 horas, enquanto mais de metade do país que entra hoje em confinamento, devido à nova vaga da pandemia de Covid-19.
O número total de casos do novo coronavírus ascende a 3.201.838 desde Fevereiro do ano passado e o de mortos a 101.881.

Nas últimas 24 horas ficaram curadas 14.970 pessoas, mas entraram 270 nos cuidados intensivos.
Actualmente, há 520.061 casos positivos, dos quais 24.153 estão hospitalizados, 2.982 nos cuidados intensivos.
Lombardia, a região mais afectada pela pandemia, foi a que mais casos registou, 5.809, longe dos 2.950 de Emilia-Romanha, 2.940 de Campânia, 2.682 de Veneto e 2.159 de Piamonte.

No resto das regiões os novos casos ficaram abaixo dos 2.000, embora em Lacio, cuja capital é Roma, ficou perto, nos 1.998.
O Governo italiano aprovou um decreto na sexta-feira a endurecer as restrições para conter os contágios, entre 15 de Março e 06 de Abril, e neste tempo todas as regiões que tenham uma incidência semanal de 250 contágios por cada 100 mil habitantes passarão a ser "zona vermelha", um regime de confinamento em que todas as lojas não essenciais estão encerradas.
Ao resto do território aplicam-se as restrições de zona 'laranja', ou seja, o nível intermédio.

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