O secretário de Estado para a Comunicação Social, Nuno Caldas Albino, reafirmou, esta sexta-feira, em Luanda, que o Executivo continuará apoiar e a incentivar o surgimento de mais actores para o mercado publicitário angolano.
Ismael Farinha nasceu em 27 de Agosto de 1981, no Cazenga, Luanda. É filho de Ambrósio Farinha, médico, e de Teresa Dias, antiga combate, veterana da pátria e vendedora de kissangwa, que foi entrevistada neste espaço do Jornal de Angola, no dia 31 de Julho de 2022.
"Tenho três irmãs e três irmãos e crescemos no bairro Hoji-ya-Henda, Rua da Ilha da Madeira, um local mais conhecido por Mãe Preta, por conta do centro recreativo e cultural com o mesmo nome”, recorda.
O jovem conta que aprendeu a ler e a escrever com o seu pai. "Em casa tínhamos uma biblioteca”.
Ismael Farinha estudou a 2.ª classe na escola 704, no Hoji-ya-Henda e foi sempre delegado de turma até à 5.ª classe. "Apesar de nascer num município turbulento, nunca fui amigo do álcool, a escola e a cultura sempre fizeram parte de mim”.
Na infância e na adolescência, gostava de dançar e cantar, tendo ajudado a criar um grupo de música Rap, em 1996. "Tínhamos um grupo de dança com o Óscar Barros, Cirilo Farinha, Nelson Dembo "Papoitão”, Jorge Monteiro, Genuíno dos Santos, Romão Cabonda. Mais tarde, criámos o grupo de música Britânica 008 e participámos em concursos de música no Cine África”.
Depois passou para a escola Angola e Cuba, ainda no Cazenga, onde estudou o jornalista Cambingano Manuel e Nuno Dala, deputado à Assembleia Nacional até 1998. "No ano seguinte, comecei a frequentar o curso de Inglês na James Harson School, onde também aprendi poesia”.
No ano de 2001, frequentou, o Instituto de Línguas da Internacional Universidade Africana. "As longas caminhadas no Hoji-ya-Henda eram feitas sempre a pé, devido à falta de dinheiro para o táxi e quando houvesse, os valores eram para comprar lanche no intervalo das aulas”.
Em 1998, a família estava sem possibilidades financeiras e Ismael Farinha fica um ano sem estudar, mas aprendeu Kimbundu e Kikongo com os pais. "A minha mãe é do Bengo e o meu pai do Uíje”.
Ainda na Universidade Africana, começou a mexer com a Internet e participou num concurso on-line, www.poetry.com. "Nos dias de hoje, dou-me por satisfeito pelo que aprendi do Inglês, mas também do Kimbundu e Kikongo”.
Ismael Farinha assume-se como contabilista de profissão e poeta. "O primeiro livro que li foi "Undengue”, de Jacinto de Lemos, por influência do meu irmão Cirilo Farinha. Mas, as minhas inspirações são Lopito Feijó, José Luís Mendonça, Wanhenga Xitu e António Agostinho Neto”.
Ismael Farinha diz que aspira escrever muito para o grande mosaico literário angolano. "Sou uma pessoa perfeccionista na escrita e exigente comigo mesmo”, refere o jovem, que desenvolve um conjunto de actividades diversificadas.
Além de contabilista, é poeta, declamador, activista cultural, sindicalista, membro do Chá de Caxinde, coleccionador de livros, com uma biblioteca pessoal de mais de 400 livros, é membro da Sociedade Angolana dos Direitos de Autores(SADIA), mestre de cerimónias das noites de poesia que acontecem todas as últimas quartas-feiras de cada mês na Fundação Arte e Cultura, mentor do projecto Palavra Poética do ateliê do artista plástico Guilherme Mampuya e tem participado em todas as edições, desde 2014, da revista "Omnira” do Brasil, do jornalista e escritor brasileiro Roberto Leal.
Ismael Farinha começou a dar os primeiros passos como dançarino de break dance, posteriormente passou a integrar o grupo de música Rap com o seu irmão mais velho e amigos do município do Cazenga. Fala Inglês, Francês, Árabe e Afriankanse. É mentor da antologia poética Geração Poema, na qual participaram vários poetas da nova e velha guardas, dentre eles Lopito Feijó, Amélia da Lomba, José Luís Mendonça, Lu Matamba, Adão Zina e Ângelo Reis (o poeta dos pés descalços).
No dia 27 de Fevereiro de 2024, às 17 horas, Ismael Farinha conta lançar a sua primeira obra literária de poesia com o título Prelúdio (dito interdito), com a chancela da editora Azul. "A minha escrita é focada na realidade angolana e mundial, em função dos acontecimentos gerais, dentre eles o amor, racismo, injustiça e religião. O público-alvo é a juventude”.
"A nossa literatura podia estar melhor se houvesse mais divulgação das obras literárias nas escolas. Para estimular a leitura, precisamos de mais divulgação nas escolas, feiras, comunicação social e em bibliotecas, onde as pessoas possam encontrar livros. Por mim, eu ofereço livros nas actividades culturais e escrevo sem parar”, diz, em jeito de conclusão.
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
Login“A pessoa mais importante do mundo” é assim que Eliandro Pedro, de 19 anos, recorda a avó materna Teresa Domingos, de 62 anos. “Agradeço a Deus pela dádiva que me foi dada de ter ainda a minha querida avó comigo. Ela é a pessoa mais importante que conheço. Sempre me apoiou em tudo. Sem ela não sei o que seria de mim, apesar de todo o mal que já fiz, ela sempre acreditou em mim”, enalteceu.
O “Trail of Two Oceans”, conhecido como o “Comboio mais luxuoso do Mundo”, chega, hoje, ao Luau, Moxico, anunciou, em comunicado, o Ministério do Turismo, que, apesar de não ser a primeira vez que acontece, considera o caso histórico.
O director-geral dos Serviços Prisionais, comissário Bernardo Gourgel, apresentou, esta quinta-feira, os resultados da produção nacional cultivada pela população penal ao ministro da Agricultura e Florestas, António Francisco de Assis.
Pela primeira vez, quatro mulheres estão habilitadas para operar máquinas pesadas na mina de Catoca, depois de concluírem um estágio profissional interno ministrado pela Academia, informou, na quinta-feira, o técnico de Alianças e Parcerias, Emídio Sacomboio.
O Conselho de Ministros aprovou, esta sexta-feira, a Proposta do Regime do Jurídico do Cofre Geral dos Tribunais, documento que vai solidificar a autonomia administrativa e financeira dos tribunais da jurisdição comum e da Procuradoria-Geral da República.