A Associação Nacional dos Industriais e Madeireiros de Angola (ANIMA) precisa de apoio financeiro dos bancos e do governo para garantir o crescimento da indústria nacional.
Essa preocupação foi manifestada pelo presidente da Associação, José Veríssimo, em declarações ao Jornal de Angola, defendendo a importância de se criar um fundo de apoio para as pequenas e médias empresas do sector.
Segundo José Veríssimo, o sector precisa de "aproximadamente 550 milhões de dólares para assegurar o desenvolvimento da produção e do processamento da madeira”, além de gerar mais riqueza e possibilitar a criação de mais empregos. "O investimento nesse sector pode gerar mais de 300 mil postos de trabalho por ano a nível nacional", ressaltou.
Em relação às exportações, o líder da ANIMA afirmou que elas chegam a mais de 300 mil metros cúbicos por ano, tendo como destinos Portugal, Espanha, Emirados Árabes Unidos e Turquia.
José Veríssimo ressaltou também os planos da associação. Segundo o presidente, a ANIMA tem algumas propostas em andamento que estão sendo discutidas com o Instituto de Desenvolvimento Indústrial e Tecnológico (IDIIA), mas escusou-se enunciá-las.
Quanto as políticas do Governo, José Veríssimo detalhou que a classe ficou satisfeita com a nova medida do Executivo que permite a exploração de até 50 metros cúbicos. "Estamos muito contentes com o decreto presidencial 45/2023”, sublinhou, acrescentando que o documento "veio dar esperança às principais preocupações da classe, a concessão de licitação para exploração da madeira.”
Para o responsável, a madeira nacional possui alta qualidade e é um recurso valioso para o país.
Plano Nacional de Incentivo Florestal
Veríssimo disse ao Jornal de Angola que a organização elaborou um plano nacional de incentivo florestal, onde foram plantadas milhares de árvores de diferentes espécies (Eucaliptus, Acácio Maggio entre outras), nas províncias de Benguela , Bié Cuando Cubango, Huambo e Uíge, num investimento de cerca de 50 milhões de dolares.
" Um projecto deste porte requer muito investimento, porque este é o caminho parao futuro. Claramente que não está abaixo de 50 milhões de dólares", atirou.
Quanto ao tempo de colheita, José Veríssimo sublinhou que depende da espécie e da utilidade. Por exemplo, para o uso de carvão demora menos tempo em relação a colheita para extração da Madeira, podendo durar até sete anos.
Nessa iniciativa de larga escala, estão também envolvidos organismos do Estado, nomeadamente a Caixa Social e Forças Armadas, além de empresas privadas.
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