Economia

Investimento no sector da madeira pode criar 300 mil empregos

Nádia Dembene

Jornalista

A Associação Nacional dos Industriais e Madeireiros de Angola (ANIMA) precisa de apoio financeiro dos bancos e do governo para garantir o crescimento da indústria nacional.

28/11/2023  Última atualização 10H05
Angola exporta mais de 300 mil metros cúbicos por ano © Fotografia por: DR

Essa preocupação foi manifestada pelo presidente da Associação, José Veríssimo, em declarações ao Jornal de Angola, defendendo  a importância de se  criar um fundo de apoio para as pequenas e médias empresas do sector.

Segundo José Veríssimo,  o sector precisa de "aproximadamente 550 milhões de dólares para assegurar o desenvolvimento da produção e do processamento da madeira”, além de gerar mais riqueza e possibilitar a criação de mais empregos. "O investimento nesse sector pode gerar mais de 300 mil postos de trabalho por ano a nível nacional", ressaltou.

Em relação às exportações, o líder da ANIMA afirmou que elas chegam a mais de 300 mil metros cúbicos por ano, tendo como destinos Portugal, Espanha, Emirados Árabes Unidos e Turquia.

José Veríssimo ressaltou também os planos da associação. Segundo o presidente,  a ANIMA tem algumas propostas em andamento que estão sendo discutidas com o Instituto de Desenvolvimento Indústrial e Tecnológico (IDIIA), mas escusou-se  enunciá-las.

Quanto as políticas do Governo, José Veríssimo detalhou  que  a classe ficou satisfeita com a nova medida do Executivo que permite a exploração de até 50 metros cúbicos. "Estamos muito contentes com o decreto presidencial 45/2023”, sublinhou, acrescentando que o documento "veio dar esperança às principais preocupações da classe, a concessão de licitação para exploração da madeira.”

Para o responsável, a madeira nacional possui alta qualidade e é um recurso valioso para o país.

 

 Plano Nacional de Incentivo Florestal

 Veríssimo disse ao Jornal de Angola que a organização elaborou um plano nacional de incentivo florestal, onde foram plantadas milhares de árvores de diferentes espécies (Eucaliptus, Acácio Maggio entre outras),  nas  províncias de Benguela , Bié Cuando Cubango, Huambo e Uíge, num investimento de cerca   de 50 milhões de dolares.

" Um projecto deste porte requer muito investimento, porque este é o caminho parao  futuro. Claramente que não está abaixo de 50 milhões de dólares", atirou.

Quanto ao tempo de colheita, José  Veríssimo sublinhou que depende da espécie e da utilidade. Por exemplo, para o uso de carvão demora menos tempo em relação a colheita para extração da Madeira, podendo durar até sete anos.

Nessa  iniciativa  de larga escala, estão também envolvidos organismos do Estado,  nomeadamente a  Caixa Social e  Forças Armadas, além de empresas privadas.

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