Sociedade

Instituições agraciadas com 50 milhões de kwanzas

Engrácia Francisco

Jornalista

Três instituições não governamentais, de cariz social, foram galardoadas, hoje, em Luanda, com o prémio “Manuel António da Mota”, no valor de 50 milhões de kwanzas. O acto, que decorreu no Hotel Intercontinental, contou com a presença da Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, como presidente do corpo de jurados.

10/12/2023  Última atualização 07H25
Primeira-Dama da República felicitou os vencedores © Fotografia por: Dombele Bernardo| Edições Novembro
Os vencedores, de acordo com o júri, foram a congregação das irmãs de Maria Imaculada e as associações Felicidade na Dor (Fenador) e a de Profissionais e Amigos de Combate à Pobreza (APACP). Cada vencedor foi agraciado com 50 milhões de kwanzas.

A direcção da Mota-Engil vai entregar, igualmente, um prémio de 25 mil dólares às instituições que também participaram no prémio, mas não conseguiram vencer. Para a organização, o valor é um incentivo para estas continuarem com os trabalhos. Entre as instituições agraciadas com este incentivo constam a Remar, a Associação dos Albinos de Angola - 4 As e o Centro de Acolhimento de Meninas - Horizonte Azul.

A primeira edição do prémio, patrocinado pela Fundação Manuel António da Mota - Uma vida em Angola, em parceria com o grupo Mota-Engil, foi prestigiada com a presença da Primeira-Dama da República, que na ocasião reiterou o apoio às causas sociais, especialmente para o fortalecimento das comunidades.

Ana Dias Lourenço convidou, igualmente, as instituições não governamentais a se inspirarem nos laureados e construir mais para uma Angola justa, próspera e desenvolvida. O prémio, realçou, não é apenas um reconhecimento de mérito, mas também um compromisso com o desenvolvimento sustentável e um futuro melhor.

Para o presidente do Conselho de Administração do grupo Mota-Engil em Angola, o mundo vive grandes desafios e cabe aos grupos empresariais apoiar e contribuir para melhorar a qualidade de vida das comunidades.

Manuel Mota sublinhou que o prémio tem muita importância, porque dá visibilidade às causas que a família Mota-Engil tem feito em prol do país. "A meta é que cada projecto do grupo tenha uma acção social junto da comunidade onde intervimos, em particular em Angola, por ser o país onde começámos a empresa”, sublinhou.

Vencedores

A representante da Congregação das Irmãs de Maria Imaculada, de Cabinda, disse que tem estado a trabalhar muito com o projecto "Nascer livre para brilhar”, uma iniciativa da Primeira-Dama da República.

Maria de Jesus Tembo informou que o centro tem registadas 798 crianças nascidas livres de HIV-Sida de mães seropositivas. "Estamos muito felizes pelo prémio. O valor vai ajudar bastante na continuidade da realização das boas causas na província”, disse.

Um dos fundadores da Associação Felicidade na Dor (Fenador), Simão Jovete, ao receber o prémio, contou a história da criação da organização que apoia as pessoas com deficiência. O responsável dedicou, igualmente, o prémio a José Gomes, mentor do projecto e ao director da organização, ambos a título póstumo.

"Vamos investir em infra-estruturas para que toda pessoa com deficiência física possa ter instrução académica, em especial as crianças vulneráveis”, referiu, acrescentando que um dos primeiros projectos da organização é "A Galinha de Cacuaco”.

A mentora da Associação de Profissionais e Amigos de Combate à Pobreza (APACP) e uma das precursoras da saída das famílias que viviam na lixeira do Golfo 2, em Luanda, disse que a pobreza não pode ser vista como uma fatalidade e sim algo a ser combatido.

Deolinda Almeida destacou, no acto, o empenho de dois jovens que viviam na lixeira e graças ao esforço hoje têm as vidas transformadas. "Com esse prémio vamos mostrar que podemos fazer mais para a vida das populações carenciadas”, garantiu.

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