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Insegurança e pandemia baixam crescimento de Moçambique para 1,8% - Standard Bank

O departamento de estudos económicos do banco Standard desceu hoje a perspectiva de evolução da economia de Moçambique este ano para 1,8% devido à insegurança no norte e aos efeitos da pandemia de covid-19.

31/01/2021  Última atualização 14H59
Insegurança e pandemia, em Moçambique © Fotografia por: DR
"Estamos a baixar a nossa previsão para o PIB de 2021 de 2% para 1,8% este ano já que a pandemia e os desafios de segurança interna vão provavelmente continuar a piorar o sentimento e a recuperação económica", lê-se na análise a várias economias africanas.

De acordo com o relatório, enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, os riscos adversos no país, entre os quais a violência em Cabo Delgado, os ataques a civis em Sofala e Manica e o rapto de empresários, estão a piorar a perspectiva de crescimento da economia.

"O nosso cenário base incorpora agora um crescimento mais lento devido aos riscos, e nalguns trimestres o cenário foi 2 pontos percentuais mais baixo, reflectindo um possível atraso na implementação do projecto de 20 mil milhões de dólares [cerca de 16,5 mil milhões de euros] liderado pela Total, cuja primeira exportação deverá acontecer em 2024", aponta-se ainda no documento.

Para além dos ataques que obrigaram a reduzir fortemente a presença da Total no local da construção das infraestruturas necessárias para a exportação do gás natural liquefeito, "a aceleração das infecções por covid-19, que obrigou a instituir novas medidas de confinamento, também pode atrasar a recuperação económica", alertam os analistas.

A aceleração dos investimentos do sector privado fora do sector dos recursos naturais podem inspirar um crescimento económico mais equilibrado e inclusivo, mas isto é improvável, pelo menos por agora, dizem os analistas, que estimam que o rácio da dívida sobre o produto interno bruto (PIB) cresça para 112,3% este ano, essencialmente devido à depreciação do metical, antes de descer para 99,7% em 2022.

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