O julgamento do “caso Lussati”, que envolve militares e funcionários civis ligados à então Casa Militar do Presidente da República, desde há algum tempo redenominada Casa Militar, começou ontem em Luanda no Centro de Convenções de Talatona, em Luanda.
Quando correu a fuga para o domínio público do "draft" do documento que estava a ser "cozinhado" pelos juízes do Tribunal Supremo americano, um facto sem precedentes no sistema de Justiça dos Estados Unidos ao mais alto nível, muitos encararam tal incidente como uma tentativa de sectores pró-aborto medirem a pulsação e a reacção pública, ante a perspectiva de revogação da histórica decisão judicial conhecida por Roe v Wade.
Os números da insegurança alimentar no continente africano, sobretudo quando envolve crianças, são inquietantes segundo as projecções do UNICEF, razão pela qual as lideranças da União Africana “sentaram” à mesma mesa, no Centro de Conferências de Sipopo, Malabo, Guiné-Equatorial para debater a situação humanitária.
Os números relacionados com as questões humanitárias, em África, a todos os títulos, tal como espelhados no discurso de abertura do Presidente da Comissão Executiva da União Africana, demonstram bem em que ponto nos encontramos.
Moussa Faki Mahamat fez constar na sua intervenção que "14 milhões de pessoas no Norte de África enfrentam necessidade de assistência alimentar”, numa altura em que, segundo ainda o líder da Comissão Executiva da organização continental, desde 2016, o número de pessoas nesta condição aumentou expressivamente.
Na perspectiva do UNICEF, as coisas apresentam-se ainda com maior preocupação na medida em que um dos segmentos mais afectados pela actual crise de insegurança alimentar e desnutrição são as crianças.
Diz-se que o número de crianças menores de 5 anos que deverão sofrer de desnutrição aguda global este ano nunca foi tão alto, numa altura em que há um aumento de 27% em relação a 2021 e 62% em relação a 2018, atingindo o quinto ano consecutivo com um nível recorde, de acordo com uma nova publicação do grupo de trabalho sobre a Nutrição na África Ocidental e Central, reunindo agências das Nações Unidas e Organizações Não-Governamentais.
"À medida que os conflitos, a insegurança, a crise socioeconómica e eventos climáticos extremos recorrentes na região continuam, se deterioram e agravam ainda mais a nutrição das crianças. Precisamos de mudar de estratégia para atender às suas necessidades de maneira sustentável”, disse Marie-Pierre Poirier, directora Regional do UNICEF para a África Ocidental e Central.
Para a alta funcionária do UNICEF "devemos mudar o paradigma e focar na ampliação das intervenções para prevenir a desnutrição, especialmente nos locais mais afectados. Chegou a hora de abordar as causas profundas da desnutrição das crianças na região com determinação e urgência. As crises recorrentes da última década pedem-nos para acelerar os esforços e aproveitar as oportunidades para repensar a nutrição com nossos parceiros nos Governos e com o apoio crítico de doadores para que, colectivamente, coloquemos a região na trajectória certa para proteger todas as crianças contra a desnutrição”.
Num ano em que a União Africana propõe como o da nutrição no continente, as lideranças africanas devem fazer mais para que o ciclo da pobreza e dos seus efeitos, entre eles a desnutrição severa entre as crianças com menos de cinco anos, não se transforme numa verdadeira bomba relógio que inviabilize o futuro de África. Crianças mal alimentadas não poderão frequentar escolas em condições normais, dificilmente poderão evoluir com "mente e corpo sãos” para que, no âmbito dos desafios que os Estados africanos enfrentam para serem competitivos no concerto das nações, haja "massa cinzenta” treinada e preparada.
Dificilmente teremos uma África preparada, no futuro, para enfrentar os desafios que a globalização e mundialização acarretam se as crianças de hoje passarem por situações de desnutrição severa que periga inclusive a taxa de sobrevivência para a vida adulta, com saúde.
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