O julgamento do “caso Lussati”, que envolve militares e funcionários civis ligados à então Casa Militar do Presidente da República, desde há algum tempo redenominada Casa Militar, começou ontem em Luanda no Centro de Convenções de Talatona, em Luanda.
Quando correu a fuga para o domínio público do "draft" do documento que estava a ser "cozinhado" pelos juízes do Tribunal Supremo americano, um facto sem precedentes no sistema de Justiça dos Estados Unidos ao mais alto nível, muitos encararam tal incidente como uma tentativa de sectores pró-aborto medirem a pulsação e a reacção pública, ante a perspectiva de revogação da histórica decisão judicial conhecida por Roe v Wade.
Todas as diligências, que estão a ser feitas pelas lideranças africanas ao nível da sub-região da África Central e dos Grandes Lagos, para o esperado desanuviamento entre a RDC e o Rwanda, são bem-vindas. O clima de tensão é ainda reversível, sobretudo a julgar pela demonstrada disposição dos dois países de ouvirem e de se sujeitarem às iniciativas de concertação até agora manifestadas.
A começar pelo passo dado pelo Presidente João Lourenço, cujas responsabilidades acrescidas enquanto líder da Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) falam por si e levaram-no já a interagir com as duas partes ao ponto de ocorrer a troca de soldados rwandeses e de um cidadão da RDC, todos os outros "players" podem igualmente intervir.
Angola acompanha com todo o interesse que a RDC e o Rwanda se enten-dam, resgatem os momentos de reaproximação que os Presidentes Félix Tshisekedi e Paul Kagamé, os respectivos Governos e povos, demonstraram até muito recentemente.
Não foi há um ano, nem há mais de seis meses que ambos os países rubricaram importantes acordos, entre eles o da exploração conjunta de ouro, um passo importante inclusive na desmistificação das narrativas de suposto roubo de minerais da RDC por grupos alegadamente identificados com o Rwanda. Infelizmente, e de maneira unilateral por parte da RDC, os referidos acordos foram recentemente suspensos e os dois países encaminham-se rapidamente para a previsível ruptura das relações bilaterais, se nada for feito.
Esperemos que haja muita ponderação de ambos os lados, que o actual clima de tensão que envolve, à partida os políticos, não acabe por "contagiar" os militares ao ponto de a confrontação se tornar inevitável, tal como ocorreu há dias com o incidente da troca de tiros em que morreu um soldado das Forças Armadas da RDC.
A iniciativa do Presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, para a criação de uma força regional para ser desdobrada na RDC, por força da actual realidade na fronteira entre a RDC e o Rwanda, é, como se disse, bem-vinda em nome da paz e estabilidade africanas.
Diz-se que a RDC já tornou pública a decisão de não aceitar a participação do país vizinho de uma eventual força regional, uma postura compreensível à luz dos últimos desenvolvimentos, mas que em nome da paz e da estabilidade, deveria ser reavaliada. Compreendemos a posição da RDC em descartar a possibilidade de participação do Rwanda, mas insistimos que vale a pena dar-se a possibilidade, inclusive, de o Rwanda provar a sua inocência. É bom que ao Rwanda, caso venha a efectivar-se a criação da referida força regional, seja a oportunidade de participar, ainda que a título de mero observador, partindo do princípio de que sendo parte do problema deve ser parte da solução que se busca com a iniciativa do Presidente Kenyatta.
Auguramos que as lideranças regionais sejam capazes, acima de tudo, de prevenir que a RDC e o Rwanda cheguem longe no actual clima de tensão.
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