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INEMA redobra área de actuação

André Brandão | Ndalatando

O Instituto Nacional de Emergências Médicas de Angola (INEMA), em Ndalatando, transferiu, entre Janeiro e Fevereiro deste ano, mais de 30 pacientes para diversas unidades hospitalares de Luanda, Malanje e Uíge.

04/03/2023  Última atualização 08H20
© Fotografia por: DR

O chefe do departamento provincial da Saúde, Manuel Francisco, disse que os pacientes foram transferidos para obterem  tratamento especializado.

Manuel Francisco disse que no ano passado, o INEMA deslocou um total de 140 pacientes . O Hospital Geral de Ndalatando e o Materno Infantil foram os que mais transferências de pacientes realizaram, por falta de capacidade técnica e especialistas para atender determinadas patologias.

Muitas das transferências de doentes, adiantou, são feitas através de "pontes”. "Os pacientes são transportados até à fronteira do Cuanza-Norte e dali recebidos por  técnicos que os levam até Luanda”, contou, acrescentando, no entanto, que este procedimento tem criado muitos constrangimentos.

Para minimizar o défice de especialistas, referiu, o sector precisa, no mínimo, de mais cinco médicos e outros tantos técnicos, de modo a expandir os serviços para os 10 municípios da província do Cuanza-Norte.

Com seis ambulâncias disponíveis, cinco das quais de suporte avançado de vida e uma de suporte básico, o INEMA, informou, tem procurado atender os pedidos feitos. "A maioria das ambulâncias estão equipadas com aparelhos de sinais vitais. Normalmente, os pacientes são acompanhados por enfermeiros e técnicos médicos de saúde”.

O INEMA recebe medicamentos da base nacional e do Gabinete Provincial da Saúde. "No momento não temos problemas quanto aos medicamentos”, frisou.

O responsável lamentou o facto de algumas pessoas fazerem, constantemente, ligações sobre situações que se revelam falsas, fazendo deslocar as equipas, sem no entanto haver qualquer ocorrência para a actividade de socorro. Muitas vezes, lamentou, algumas pessoas impedem os técnicos de prestarem assistência ao sinistrado no local do acidente ou mesmo resgatar os doentes nas próprias residências.

"As ligações falsas de pedidos de socorro têm estado a prejudicar o nosso trabalho, pois estrangula o verdadeiro funcionamento do sector. Por isso, peço à população para mudar de postura, porque muitos destes entraves constituem crime e podem ser encaminhados ao Serviço de Investigação Criminal”, avisou.

A falta de uma verba mensal, apontou, tem provocado inúmeros atrasos na manutenção das viaturas e na compra de combustível, o que provoca grandes constrangimentos na dinâmica da actividade do sector.

O serviço de emergências médicas no Cuanza-Norte, disse, está aberto 24h00 e recebe diariamente dez chamadas de ajudas de socorro.O INEMA está apenas instalado em Ndalatando e conta com 18 funcionários, dos quais 12 técnicos médios, três enfermeiros e três motoristas.

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