A cerimónia de encerramento, realizada no Centro Integrado de Emprego e Formação Profissional do Kiowa, arredores da cidade de Mbanza Kongo, foi presidida pelo vice-governador do Zaire para o sector Político, Económico e Social, Afonso Nzolameso.

Dos 121 jovens, com idades entre 17 e 40 anos, constam 43 do sexo feminino, que num período de seis meses  frequentaram os cursos de informática, culinária e pastelaria, canalização, electricidade, mecânica-auto, serralharia e alvenaria.

O chefe dos serviços provinciais do INEFOP, Kiniangisa Kibantu, disse que os cursos foram desenvolvidos em dois períodos diferentes, tendo o de seis meses iniciado em Outubro do ano passado e o de três meses em Fevereiro deste ano, este último de formato intensivo. No final, os participantes receberam os certificados que os qualificam para trabalhar nas áreas de formação.

O vice-governador da província, Afonso Nzolameso, manifestou satisfação pelo facto de cada vez mais jovens, de diferentes zonas rurais, com destaque para um nú-mero considerável de raparigas, interessarem-se pela formação técnico-profissional. "Esta formação, que agora termina, deixa-nos felizes, porque, além de contar com vários jovens do meio rural, teve uma representação feminina muito significativa, num total de 43 mulheres, a quem endereçamos desde já as nossas felicitações e encorajamento”, frisou.

O Governo, disse, compromete-se em acompanhar os formandos até à inserção no mercado de emprego, porque as empresas que operam na região, algumas das quais envolvidas na construção do novo aeroporto de Mbanza Kongo, precisam de mão-de-obra qualificada.

"Consideramos justo que as empresas que estão engajadas na construção da futura centralidade de Mbanza Kongo e de outros projectos estruturantes priorizem os jovens locais na contratação da mão-de-obra, sem prejuízo dos candidatos de outros municípios. Mas perante a competitividade na busca de emprego, os jovens devem estar bem preparados em termos técnico-profissionais, para que possam corresponder às exigências do mercado”, realçou.

Expectativa de emprego

Isabel Zolo Lopes, de 18 anos, que finalizou o curso de Corte e Costura, ambiciona trabalhar num atelier de renome na cidade de Mbanza Kongo, tendo em conta a experiência que adquiriu durante a formação. "Participei nesta formação para poder trabalhar com as tias que já têm um atelier. Durante os seis meses, aprendi a cortar e a fazer vestidos, saias, calças e bermudas. Tive um aprendizado muito bom sobre técnicas importantes da arte da costura”, disse.

Para António Nsimba Marques, de 25 anos, formado no curso de Serralharia, com um grupo de 50 jovens da comuna do Nkiende, os jovens têm muito interesse em prestar serviços numa das empresas que estão a edificar o novo aeroporto de Mbanza Kongo.

"Vim fazer esta formação porque queria ganhar habilidades que me permitam participar na construção do novo aeroporto, depois de finalizar o ensino médio em Ciências Físicas e Biológicas. Ainda bem que conseguimos ter esta oportunidade de formação. Agora vamos esperar o enquadramento”, augurou.

Malanduma Nogueira Avelino, de 37 anos, formado em Mecânica-Auto, referiu que, há muitos anos que esperava por esta oportunidade de formação para se tornar trabalhador independente, porque o estado não pode empregar toda a gente. "Somos privilegiados por estarmos formados. Ter competências que nos permitem trabalhar por conta própria”, disse.