Em declarações à imprensa, a propósito do processo, Leão Cazede disse que, fruto da boa colaboração dos agentes, o processo decorre sem sobressaltos e já ultrapassou as expectativas. 

 "Até ao momento, não nos deparamos com qualquer objecção por parte da população. Ao contrário, os agregados familiares recebem bem os agentes de campo e passam toda a informação necessária, o que em si representa um acto de cidadania e cooperação e a importância que os cidadãos dão ao processo”, frisou, citado pela Angop.

 Sem revelar o número de secções censitárias já trabalhadas, o responsável disse que, até ao final do processo, os agentes farão a recolha de dados nas 115 seleccionadas, sendo 25 da comuna de Canzar (município Cambulo) e 90 no Luachimo (Chitato), ambos na província da Lunda-Norte.

O responsável apelou à população no sentido de continuar a colaborar com os agentes, tendo em conta a importância do processo na definição de políticas públicas.

O Censo Piloto vai decorrer entre 19 de Julho e 19 de Agosto nas províncias do Bengo, Bié, Cuando Cubango, Cunene, Luanda, Lunda-Norte e Uíge, com o intuito de se testar o nível de prontidão para a intervenção de todos os procedimentos associados à implementação operativa, logística, técnica-funcional e organizativa, para o êxito do Censo Geral da População, previsto para 2024.

Na Lunda-Norte, 174 agentes recenseadores e supervisores asseguraram o processo, dos quais 148 no município de Chitato e 25 no Cambulo.

 Angola realizou já dois Censos Gerais da População e Habitação, nomeadamente, em 1970, na época colonial, e em 2014, após a Independência Nacional, sendo o registo estatístico de 2024 a terceira operação censitária que o país realizará.

O registo estatístico de 2014, a segunda operação censitária realizada no país, indicou que a província da Lunda-Norte tinha, na altura, 862 mil e 566 habitantes. As projecções do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) apontam que, em 2024, a população da Lunda-Norte vai atingir um milhão e 150 mil.