Na banda não faltam motivos para organizar uma fubada como as que acontecem nos aposentos do ancião Salas Neto, no Distrito do Rangel, apimentadas de crónicas e outras chaladices, ou no apartamento kilambístico do kota Lauriano Tchoia, acondutadas de suculentas codornas.
Nunca quis revelar os mistérios à volta da mítica figura que contra a natureza de todos os gostos foi obrigada a se tornar, tampouco os vendavais que impedema motorizada de dezoito escapes de pegar logo no primeiro arranque (a cidade velha está desguarnecida de um Goodzila do Game).
Dizer que estive num ferrenho parlapié amistoso, que desembocou numa daquelas conversas homólogas à semi-recta, cujo princípio define a viagem de um ponto de origem em direcção ao infinito. Longe da abadia de Hautvillers, onde várias técnicas de vinificação foram ensaiadas ainda no século XVII, algum bom vinho nacional abençoava o debate.
No aparato conceptual da historiografia literária angolana encontramos referentes de gerações literárias e genealogias de escritores, inscritos no campo da tradição literária secular. Donde os autores podem existir sob anonimato, tal como é o caso das literaturas orais ou como sujeitos nominados, em literaturas escritas. Em todo o caso, escritores e os autores são pessoas com identidades próprias que mantêm vínculos de pertença a comunidades históricas. Por essa razão, quaisquer dissidências ontológico-literárias representam um fenómeno digno de ser tema da história literária, filosofia da história e da filosofia da literatura