Por que razão se assinalam os centenários de escritores? Parece ser uma pergunta inócua. Mas em diferentes países, abundam reflexões sobre esta matéria, porque os sistemas literários – os escritores, as obras literárias, os leitores, os sistemas de ensino, a crítica literária e o jornalismo especializado –representam uma parte importante da memória cultural colectiva. Nesta matéria, não há lugar para a importação de modelos de respostas. Isto quer dizer que não se admitem próteses. O presente texto é uma versão escrita há três décadas, originalmente solicitado para ser um verbete de uma antologia que estava a ser organizada pelo professor e crítico português, Manuel Ferreira. Reitero os meus agradecimentos ao João Maimona, Zaida Dáskalos, Costa Andrade (1936-2009) e Luís Bernardino, pelas informações prestadas e muito especialmente ao “Mais-Velho” Sócrates Dáskalos (1921-2002), pela presteza com que me facultou, entre outros elementos bibliográficos, o livro editado por Ernesto Lara Filho (1932-1977) e Inácio Rebelo de Andrade
Se alguém tivesse dúvidas sobre a grandeza do Passarão, estaria definitivamente convencido quando este escolheu a olho o lugar certo para aterrar em alta velocidade, na famosa Quinta Avenida do Cazenga, com “Asas acima do nariz”, como tanto gostava de dizer. Ao vê-lo poisar com asas completamente brancas, bico avermelhado, ar triunfante e o sentimento indescritível de puro Mona Bata, dono e senhor, compreendi a força interior desta ave de rara beleza, admirada inequivocamente pelos miúdos e graúdos do nosso bando. Mas, não foi tudo.
Rafael, com mais de 60 anos de idade, sabe que na vida deve ter uma boa convivência com toda a gente, independentemente da raça, ideologia política, credo religioso, país, região ou buala. Principalmente quando se está na igreja, enraizado em Cristo Jesus. As diferenças devem ser deixadas de lado, não deve ser feita acepção de pessoas.
Num mundo onde os corações encontram-se e perdem-se com a mesma facilidade, a saga dos relacionamentos rompidos torna-se um terreno fértil para reflexões e, não raro, para a controvérsia. Cada término carrega a sua história, as suas mágoas e, surpreendentemente, as suas esperanças. Mas o que leva alguém a tentar reconquistar um amor perdido? Seria a genuína saudade da felicidade partilhada ou a angustiante percepção de não encontrar alguém que preencha aquele vácuo deixado?
A reabertura de Luanda ao país, três anos depois de chegar a Covid-19, estava a ser vivida com grande intensidade. Talvez pensando na experiência da “mini-paz”, aquela de 1991-92, que trouxe a falsa quimera de “twaliyeva, twayovoka”, a que se seguiu um fecho pior até 2002. O Acordo de Lusaka de 20 de Novembro de 2004 e o “Gurne” que se lhe seguiu foram aborto de mini-paz e nenhuma se iguala a essa que estamos com ela desde 2002.
Sempre foi espinhoso para mim encarar o espelho, por isso desenvolvi durante largos anos uma certa fobia por espelhos. Evitei durante o tempo que me foi preciso o contacto com o objecto reflector. De jeito algum sou a minha própria imagem e semelhança.
A violência obstétrica é entendida pela OMS, como a violência física, moral, patrimonial ou psicológica praticada contra as mulheres na gravidez, no momento do parto e pós-parto, sendo constatada em diversas práticas que ocorrem nos sistemas de saúde, tanto público quanto privado. Nas sociedades africanas, tal fenómeno ocorre com maior incidência no sector público.
O conceito de Comunicação Pública é amplo e multifacetado, ainda em desenvolvimento devido às diversas abordagens teóricas que o analisam. No entanto, há consenso de que o cidadão é o núcleo central e o principal agente desta comunicação. A Comunicação Pública é uma ferramenta essencial para transformar vidas e fortalecer a democracia.
O Ministério da Administração do Território (MAT), em parceria com a União Europeia (EU), está a implementar o Projecto de Apoio à Sociedade Civil e à Administração Local, denominado PASCAL.
Há muitos séculos, já existiam os jogos e brincadeiras, quando a maioria das pessoas a utilizava, para se distrair, com os amigos, famílias e vizinhos para passar o tempo, sempre foi uma diversão.
No intrincado panorama da política americana, os sotaques emergiram como um ponto de discórdia inesperado. Dos corredores do Congresso aos comícios populares, a maneira como os políticos falam - e como a sua fala pode mudar - tornou-se objecto de admiração e controvérsia. No entanto, na nossa pressa em denunciar a inautenticidade percebida, corremos o risco de ignorar as complexidades da comunicação na paisagem política diversificada da América.
Há dias, numa das províncias de Angola, a comunicação social informou que algumas autoridades tradicionais instigaram, alegadamente, as comunidades a resistir à campanha de vacinação contra a pólio, uma situação quase inédita, na medida em que, episodicamente, têm sido algumas autoridades religiosas a procederem assim.