Meu pai tinha a primeira livraria de Nova Lisboa, Huambo. Quase tudo vinha do Brasil. Lembro-me dos mosquitos, livrinhos para crianças. E a ervanária ao lado. Também vinham livros portugueses e Ágata Christie, a senhora dos policiais que minha mãe leu todos e me mandou ler alguns e ficou desapontada quando eu lhe disse que eram todos iguais, só mudavam as personagens. Depois eram os almanaques de que eu, ainda, não perdi a paixão.
Passaram dois anos desde que as declarações de Tony Sofrimento fizeram eco, após defender a criação de mecanismos para impedir a adulteração de idades no basquetebol, todavia a surdez permite que o eco se prolongue em 2024.
Benjamin Netanyahu, Primeiro-Ministro de Israel, e Yahya Sinwar, líder “absoluto” do Hamas, numa altura em que bicefalia na liderança do movimento de resistência palestiniano deixou de existir com o assassinato de Ismail Haniyeh e nomeação de Sinwar, que representa o grupo dentro e fora dos territórios palestinianos, dizia, os dois líderes são espécie de dois rostos da mesma moeda.
A guerra da Ucrânia continua, sem hora, aparentemente, para acabar. Recordo aqui duas coisas: primeiro, essa guerra não começou com a invasão do território ucraniano pela Rússia, mas, sim, quando o complexo EUA/NATO decidiu, contra todos os entendimentos pós-guerra fria, alargar as forças da principal organização militar ocidental até às fronteiras russas; segundo, a União Europeia poderia ter evitado a guerra em questão, mas preferiu dobrar a espinha diante do maior Império do mundo e não o fez.
As relações diplomáticas entre Angola e a Rússia foram estabelecidas pouco tempo depois da proclamação da Independência de Angola, a 11 de Novembro de 1975. Em 1976, durante a visita do primeiro Presidente de Angola, Dr. António Agostinho Neto, a Moscovo, foi assinado um Tratado de Amizade e Cooperação entre a ex- URSS e a então República Popular de Angola.
A capacidade de mobilizar a iniciativa privada para áreas em que este sector privado apresente soluções competitivas de construção, manutenção e operação de infra-estruturas, determinará sobremaneira a aceleração do processo de desenvolvimento económico, bem como, a implementação de políticas públicas.
Vários países no mundo contemporâneo, quer os mais desenvolvidos, assim como os em via de desenvolvimento, enfrentam problemas ligados à corrupção, para alguns com menor escala e outros na dimensão mais acentuada, cujas consequências têm sido nefastas para a vida de milhares de famílias e concomitantemente no entrave do desenvolvimento social.
O II Simpósio Nacional de Crítica Literária, realizado pelo Círculo de Estudos Literários e Linguísticos Litteragris (CE3L) no dia 31 de Agosto (sábado da semana passada), na sede da União dos Escritores Angolanos, com uma programação inteiramente dedicada ao Centenário do escritor Uanhenga Xitu, consolidou o estatuto do CE3L como uma organização literária-juvenil séria a ter em conta no panorama da Literatura Angolana.
Por que razão se assinalam os centenários de escritores? Parece ser uma pergunta inócua. Mas em diferentes países, abundam reflexões sobre esta matéria, porque os sistemas literários – os escritores, as obras literárias, os leitores, os sistemas de ensino, a crítica literária e o jornalismo especializado –representam uma parte importante da memória cultural colectiva. Nesta matéria, não há lugar para a importação de modelos de respostas. Isto quer dizer que não se admitem próteses. O presente texto é uma versão escrita há três décadas, originalmente solicitado para ser um verbete de uma antologia que estava a ser organizada pelo professor e crítico português, Manuel Ferreira. Reitero os meus agradecimentos ao João Maimona, Zaida Dáskalos, Costa Andrade (1936-2009) e Luís Bernardino, pelas informações prestadas e muito especialmente ao “Mais-Velho” Sócrates Dáskalos (1921-2002), pela presteza com que me facultou, entre outros elementos bibliográficos, o livro editado por Ernesto Lara Filho (1932-1977) e Inácio Rebelo de Andrade
Se alguém tivesse dúvidas sobre a grandeza do Passarão, estaria definitivamente convencido quando este escolheu a olho o lugar certo para aterrar em alta velocidade, na famosa Quinta Avenida do Cazenga, com “Asas acima do nariz”, como tanto gostava de dizer. Ao vê-lo poisar com asas completamente brancas, bico avermelhado, ar triunfante e o sentimento indescritível de puro Mona Bata, dono e senhor, compreendi a força interior desta ave de rara beleza, admirada inequivocamente pelos miúdos e graúdos do nosso bando. Mas, não foi tudo.
Rafael, com mais de 60 anos de idade, sabe que na vida deve ter uma boa convivência com toda a gente, independentemente da raça, ideologia política, credo religioso, país, região ou buala. Principalmente quando se está na igreja, enraizado em Cristo Jesus. As diferenças devem ser deixadas de lado, não deve ser feita acepção de pessoas.