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Corria livre na lavra do papá. As culturas eram rotativas e desta feita o campo era dominado pelo verde amarelecido do milharal. As espigas do milho já estavam bem definidas e atraíam os pássaros que vinham em bandos. Uns bonecos que mais tarde descobriria que se chamavam espantalhos amedrontavam os pássaros que ficavam a esvoaçar em bando, indecisos se deveriam pousar ou não
O meu bairro tem particularidades decorrentes do espaço geográfico, origem dos seus habitantes e mistura de casas num figurino desordenado entre ruas e ruelas que fazem o seu traçado suburbano. Entretanto, são as pessoas, aliás, os moradores, que fazem toda a diferença pelos hábitos, costumes, sonhos e mesmo o modo de vida, num misto entre o turbulento e a acalmia.
Residente há mais de 20 anos em Marselha, cidade portuária do Sul de França, Gabriel, filho de um casal angolano que decidiu emigrar à procura de melhores oportunidades, ansiava conhecer a Rua da Dira.
Apesar das kitotas que tinham entrado sorrateiramente e com efeitos drásticos em nossas vidas, o resto parecia correr bem para uma criança do meu tempo. Rotinas conhecidas, até os tungos matinais que a mamã me dava ou o mano Sabalu-a-Soba, quando chamado para “me educar”, se tinham convertido no meu normal.
Quando recentemente estive em Benguela para um evento académico-cultural, confesso que fiquei triste ao ouvir, numa fortuita conversa com amigos, que se pretende deslocalizar certas instituições públicas de ensino superior da icónica cidade de Benguela para a Baía Farta. Entre elas, está o Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED-Benguela).
“Benito de Angola: o pintor do Cristo moreno” é um romance inteligente.Envolveu muita pesquisa bibliográfica e investimento de tempo. Compõe-se de 304 páginas, mas é daqueles romances que vale a pena ler. A leitura não é aborrecível. O autor domina as técnicas de narração e impõe um ritmo que oscila entre o lento (frases longas) e o lesto (frases curtas). As descrições lembram as reportagens cinematográficas onde a língua é celebrada na sua expressão mais sublime: poesia
No contexto da celebração do 150.º aniversário do filósofo russo Nikolai Berdyaev, realizou-se em Moscovo, durante o mês de Fevereiro do corrente ano, o Congresso Eurasiático (ou Eurasiano) de Filosofia, sob os auspícios da Fundação Presidencial para Iniciativas Culturais e de Comunidades Filosóficas Proeminentes da Rússia. Associaram-se à organização do evento cinco instituições de ensino superior da Rússia, nomeadamente, Instituto de Filosofia da Academia Russa de Ciências, Faculdade de Filosofia da Universidade Estatal de Moscovo, Departamento de Filosofia da Escola Superior de Economia, Departamento de Filosofia da Universidade Estatal de São Petersburgo e a Sociedade Filosófica Russa. Contou ainda com a presença de filósofos representantes da Europa do Leste: Bielorússia e Sérvia; Médio Oriente: Irão; “Norte Global”: Alemanha, Áustria, França e Estados Unidos da América; “Sul Global”: China, Cuba, Mongólia e Sri-Lanka. A audição virtual das comunicações apresentadas permite fazer o exercício que anunciámos: alargar a reflexão, incentivando o conhecimento das correntes de pensamento que presentemente tematizam relações históricas antigas entre a Rússia, a Eurásia e África, seus povos e respectivas unidades políticas
Estima-se em todas as latitudes a existência de um número significativo de crianças em idade escolar que apresentam dificuldades de aprendizagem. Estas dificuldade podem ser de carácter temporário ou permanente e podem conduzir ao risco de insucesso escolar e a um desajustamento social das crianças e dos jovens.
O Primeiro-Ministro português efectuou, na semana finda, uma visita oficial de três a Angola, com um grande impacto do ponto de vista político-diplomático, mas, sobretudo, no domínio económico.
Conforme a meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o diagnóstico é um dos pilares fundamentais para eliminar as hepatites virais até 2030.
Na arena da política americana, a linha ténue entre debate vigoroso e assassinato de carácter muitas vezes se desvanece, especialmente durante as épocas de campanha. À medida que nos aproximamos de outro ciclo eleitoral, é crucial reflectir sobre o precedente perigoso de instrumentalizar a fé de um candidato ou as suas aparentes afiliações religiosas.
A primeira parte desta temática foi aquí publicada na edição de 22 de Junho de 2024. A abordagem visou analisar quão grande é, nos dias de hoje, o desafio da igreja em contribuir para a promoção de valores morais e cívicos, no contexto da sociedade angolana, onde se fala, amiúde, de uma crise acentuada em que sempre a igreja tem sido apontada como um ente positivo na promoção de valores.
