Em Lisboa, nuvens de andorinhas voavam em círculos, anunciando festivamente quem era o pássaro apaixonado da Preta Portuguesa, sem me passar pela cabeça o que estava a acontecer, diante dos meus olhos. Como disse, levado até às Docas do Tejo, vi navios...
Uma nota de jornal, publicada a 5 de Agosto de 2021, dava conta que os cursos de Pedagogia, Psicologia e Filosofia deixariam de ser ministrados nos seis ISCED (Instituto Superior de Ciências da Educação) existentes no território nacional por não estarem alinhados às necessidades educativas do país e por não proporcionarem empregabilidade aos seus licenciados. A notícia, na verdade, surgiu na sequência da publicação do Decreto Executivo n.º 540/21 (Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação), via Diário da República – I.ª Série n.º 198 de 19 de Outubro de 2021, que aprova a “descontinuidade da ministração dos Cursos de Licenciatura em Ensino de Pedagogia e de Licenciatura em Ensino de Psicologia nas Instituições de Ensino Superior”.
Já muitos ouvimos a estória de um indivíduo a recolher o lixo,ciente que os seus braços e pernas não colheriam nem um terço da lixeirada da quilométrica praia suja; imunda. Claro que ele não a limpará toda. Fará apenas o que pode. Como moral da estória, fica o apelo para que cada um de nós faça a sua parte. Esse exemplo ajuda a perceber a frase: “muitas mãos fazem o trabalho leve”.
As ideologias da extrema-direita estão agora a fazer furor. Após a Segunda Guerra Mundial nunca estiveram tão activas, atingindo elevados níveis de radicalização da juventude europeia. A vaga de racismo que assolou a Inglaterra é supremacista, fenotípica ou biológica contra emigrantes. Constitui um sinal de perigo. Pode dizer-se que as omissões e inconsistências maniqueístas ocidentais revelam-se, presentemente, como a casca de jinguba que vem à tona. A radicalização dos jovens não é fenómeno exclusivo do islamismo a que se reage com a islamofobia. Donde vem a inspiração dos ideólogos e políticos que radicalizam esses jovens? A origem está nas obras dos filósofos ocidentais que integram o cânone literário e filosófico das escolas e universidades europeias e norte-americanas. Alguns desses filósofos têm discípulos, igualmente, na Rússia. Por essa razão, Nietzsche (1844-1900)e Heidegger (1889-1976)são mestres tutelares de ideólogos das extremas-direitas norte-americanas, europeias e russas. Sendo assim, por que razão o estudo da obra de Heidegger interessa aos filósofos Africanos?
Entre os proclamados influenciadores, personal training, palestrantes, conselheiros e pseudo especialistas em tudo e nada, cujos discursos são ampliados e reconhecidos por via do poder concedido pelas diversas plataformas de comunicação digital, que os citam como os arautos de verdades imaculadas, onde fica o papel do professor tradicional?
O que fortalece a cultura democrática em sociedades como a de Angola? É a força e a diversidade de sua sociedade civil e de suas instituições no debate político aberto para alcançar o bem-estar social. Uma sociedade civil robusta enriquece o debate político.O que isso significa? Assim como um homem comum deve se aprimorar, continuamente, para conquistar a mesma mulher, os governantes devem fazer o mesmo através de projectos públicos que reflectem o seu exercício governativo para conquistar a amizade cívica e a confiança dos cidadãos.
Na última semana, Angola foi palco de eventos de extrema relevância para o continente africano e para o Mundo. O início, no domingo, de um cessar-fogo no Leste da República Democrática do Congo (RDC), que havia sido acordado em Luanda, sob a mediação angolana, foi um desses acontecimentos. Outro feito de destaque foi a concretização das primeiras cirurgias robóticas, realizadas no Complexo Hospitalar de Doenças Cardiovasculares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, igualmente na capital do País, com a participação de especialistas nacionais e norte-americanos. De lembrar que a instituição é uma homenagem ao Cardeal católico angolano, que em Maio celebrou 99 anos de vida, 70 dos quais como sacerdote.
Como nos tempos do namibiano Frank Fredericks, a flecha dos 200 metros, e da moçambicana Maria de Lourdes Mutola, nome respeitado dos 800, África voltou a ser um só povo e uma só nação, no desporto mundial. De Accra a Joanesburgo, o continente celebrou o ouro de Letsile Tebogo do Botswana, vencedor improvável na disputa com os favoritos chegados cheios de convicção dos Estados Unidos da América, país que ensina o seu cidadão a ser em tudo o primeiro, ainda que não seja o melhor.
Em Angola, a responsabilidade dos servidores públicos no trabalho é uma temática actual, actuante e eventualmente polémica, atendendo ao facto de que muitas críticas têm surgido através dos órgãos de comunicação social, das conversas no quotidiano entre cidadãos e até de decisores públicos com resposanbilidades no assunto.
Houve um tempo em que as eleições americanas me deixavam tão animado quanto um jogo de futebol importante, daqueles de roer as unhas. Era como se cada debate fosse uma final de campeonato, com ideias e estratégias em campo. Meu amor pela política americana começou cedo, quando eu era só um garoto na Zâmbia.
Mais uma vez, o tema sobre a diversificação da economia dominou a agenda de uma reunião de alto nível do Executivo, no caso o Conselho de Governação Local, realizado no dia 3 de do corrente mês, na cidade de Ondjiva, capital da província do Cunene.
Já estamos carecas de saber (saudação especial a Leandro Karnal) que o mundo se encontra assente sobre uma tendência de digitalização praticamente sem retorno. Com isso, mais e mais dependentes das grandes multinacionais tecnológicas nos vamos tornando também. Porém, como praticamente tudo em excesso tem o seu prejuízo, um evento bastante recente impactou as nossas vidas provocando, em muitos casos, efeitos inesperados e catastróficos. Acontecimentos do género fazem-nos reflectir sobre a importância da segurança e estabilidade dos sistemas digitais que utilizamos diariamente, sendo fundamental estarmos conscientes dos riscos e estarmos preparados para lidar com as possíveis consequências.