Havia a alguns anos uma ideia generalizada de que o século XXI seria consagrado ao desenvolvimento africano. Praticamente, vinte e cinco anos depois, ou seja, um quarto de século depois, parece a todos que os afro-pessimistas tinham razão. África não sai do lugar, a maioria dos países do continente não descola do espectro de pobreza, e se agudiza em alguns casos a instabilidade política e militar, a fome, choques climáticos e um mar de situações que nos remetem constantemente a inquietante questão: por que razão?
A República Popular da China acolheu no passado dia 4 a 6 de Setembro, em Beijing, a Cimeira do FOCAC, com vista a fortalecer as relações sino-africanas, que demonstrou ser um mecanismo importante para a cooperação Sul-Sul, ao reunir líderes de 30 países de África e da República Popular da China (RPC) para fortalecer laços, discutir desafios e explorar novas oportunidades de cooperação.
A prestação de alimentos tem como finalidade garantir que todo o indivíduo tenha uma vida digna, pois é tida como um direito fundamental da pessoa humana, integrado no direito mais amplo, que é o direito à vida, que tem consagração constitucional.
O Censo Geral da População e Habitação edição 2024 é assunto destacável, nos últimos dias, no seio dos angolanos. Alimenta discussões em vários recantos do país e é matéria de manchete nos meios de comunicação social nacional e internacional. Por isso, dificilmente passa despercebido, tal é a frequência com que é tratado na sociedade.
António Agostinho Neto foi o fundador da nação angolana e o primeiro Presidente de Angola. Ele interiorizou, desde muito cedo, o valor da luta do povo angolano e fez muito pela liberdade do seu povo.
Há uma verdade silenciosa que atravessa gerações, mas que permanece ignorada por muitos: o verdadeiro eu, esse desconhecido íntimo que habita em cada um de nós, é a fonte de todo o sofrimento ou felicidade que experimentamos. No entanto, poucos se atrevem a encarar esta realidade. Será por medo? Por desconhecimento? Ou talvez, simplesmente, pela cómoda ignorância que abraçamos para nos proteger daquilo que não queremos ver?
Durante a pausa pedagógica, visitei a província do Zaire, propriamente a sua capital, a mítica cidade de Mbanza-Kongo. Tendo em conta a minha curiosidade, sobretudo o que se relata acerca do legado histórico do antigo Reino do Kongo, e o que até mereceu o título de Património Mundial da Humanidade atribuído pela UNESCO, a 8 de Julho de 2017 ao centro histórico da cidade de Mbanza-Kongo, indaguei aos citadinos sobre o que sabiam deste facto e da possibilidade de haver alguma coisa para pesquisar sobre a música do Zaire.
Foi através da poesia que conheci António Jacinto (1924-1991). Corria o ano académico de 1974. Compreendendo os sinais dos tempos, os professores do Liceu de Benguela, especialmente os de esquerda, que eram regentes de disciplinas como Língua Portuguesa e História, abandonavam o cânone literário português e iniciavam os seus estudantes na compreensão do sentido da mudança. A situação não me era estranha porque o meu tio que me tinha como companheiro da escuta de emissões radiofónicas do Angola Combatente encontrava-se preso na tenebrosa Cadeia da Comarca do Lobito, desde 1971. Por isso, a gramática daquela poesia nova veiculada por textos como “O Grande Desafio”, “Poema da Alienação”, “Carta de um Contratado”, “Monangamba” contribuiu decisivamente para a consolidação da minha consciência estética global. É a esse intelectual e poeta, um dos mais lúcidos e inspiradores da sua geração, que venho hoje prestar a homenagem, igualmente no seu jubileu centenário. A sua obra comporta especialmente dois géneros literários: a prosa narrativa e a poesia.
No âmbito da diplomacia global, a Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico (OEACP) ergue-se como um farol de resiliência e cooperação. Sob a liderança do Secretário-Geral Georges Rebelo Pinto Chikoti desde 2019, a OEACP navegou por desafios sem precedentes, desde a pandemia da Covid-19 até a crise climática em curso.