A acção formativa, promovida pelo Instituto Nacional de Apoio às Micros, Pequenas e Médias Empresa (INAPEM), em parceria com o Instituto Angolano da Juventude (IAJ), é realizada no quadro de um protocolo celebrado entre os Ministérios da Economia e Planeamento e da Juventude e Desportos.

O protocolo tem como objectivo principal juntar sinergias para o apoio e orientação económica aos jovens empreendedores, empresários e estudantes universitários ligados a estas áreas.

Durante a formação, os mais de 300 participantes vão adquirir conhecimentos sobre os módulos de literacia fiscal e financeira, gestão pessoal, introdução à contabilidade, gestão operacional e direito, marketing e comunicação, fortalecimento de capacidades em sistemas agro-alimentares e cadeias de valores.

Exigências do mercado

Aos agentes económicos, empreendedores e empresários a vários níveis, a intenção desta formação é tornar as empresas mais consistentes e robustas, de formas a responderem às exigências do mercado e, concomitantemente, reduzir o máximo de insolvências.

A vice-governadora para o Sector Político, Social e Económico, Helena Chimena, sublinhou que no Cuando Cubango a acção formativa a esta franja tem sido operacionalizada pelo Instituto Nacional de Apoio às Micros, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), no sentido de contribuir para melhorar a gestão de várias empresas.  

"No mundo de hoje, a formação e capacitação dos proprietários e gestores de empresas constitui o caminho para alavancar qualquer organização empresarial, onde a matriz económica deve obedecer a critérios universalmente aceites”, apontou.

Afirmou que o processo de formação aos agentes da área económica e financeira deve ser contínua pela Administração Geral Tributária (AGT), para formar e capacitar as empresas que actualmente vivem situações delicadas no cumprimento do pagamento de impostos, condicionados a factores de vária ordem. 

Helena Chimena considerou que o ciclo formativo é também uma plataforma que serve para auscultar os vários problemas que afectam os agentes económicos, assim como promover a educação para o pagamento de impostos e partilha de informação do calendário tributário, criando condições para que a responsabilidade fiscal das empresas sejam realizadas nos prazos previstos por lei, de acordo com o Código Tributário.

Exortou a AGT a não primar apenas em sancionar coercivamente ou multar as empresas pelo incumprimento das suas responsabilidades, mas acima de tudo educá-las com acções de formação, para que conheçam os deveres enquanto agentes económicos de uma economia liberal que começou desde 1991, altura em que Angola deixou a economia centralizada.

Promover o desenvolvimento

A representante do Instituto Angolano da Juventude, Yolanda Miguel, disse que a sua instituição tem estado preocupada com o bem-estar dos jovens e por este facto tem promovido a nível nacional ciclos formativos, visando facilitar a sua inserção no desenvolvimento sócio-económico do país.

Yolanda Miguel destacou que o ciclo formativo no Cuando Cubango tem como principal foco de actuação e articulação as instituições envolvidas na implementação do projecto a nível central, provincial e local, de formas a contribuir na dinamização da economia formal.

O director do Gabinete do Desenvolvimento Económico Integrado, Afonso Dala, lembrou que desde 2020 o Cuando Cubango, no quadro desta dinâmica e através do INAPEM, capacitou 6.343 empreendedores, 2.413 dos quais do género feminino, nos vários programas dirigidos aos proprietários, gestores de empresas e de cooperativas.

Disse que, além do seminário de capacitação, consta na agenda a implementação de campanhas de sensibilização dos jovens para abertura de conta Bankita, numa iniciativa do Banco Nacional de Angola, com vista a reverter a economia informal para formal aos pequenos agentes económicos.