Rosalina Domingos referiu que os casos tiveram maior incidência na violência física/psicológica, com 115 registos, fuga à paternidade/disputa de guarda, com 63, abandono (25), abuso sexual (22), exploração de trabalho infantil (16) e acusação de práticas de feitiçaria, com duas situações. No habitual balanço semanal, avançou que as províncias do Bié, Bengo, Cunene, Benguela, Huambo, Luanda, Namibe Uíge e Zaire foram as que mais casos registaram.

A porta-voz destacou que na província de Luanda, a linha de denúncia recepcionou casos de abusos sexuais nos municípios do Cazenga, Viana, Kilamba Kiaxi, Luanda e Belas, em que as vítimas com idades entre os seis e 16 anos, enquanto os suspeitos têm de 18 aos 60 anos.

Nos últimos tempos, apesar das campanhas de sensibilização da sociedade, para denúncia de supostos prevaricadores, considerou que os casos de violação dos direitos a menores têm aumentado de forma considerável, sendo que os actos são praticados, maioritariamente, por parentes ou conhecidos das vítimas.

Por exemplo, na província de Luanda, foram registados 12 casos de abuso sexual, com destaque para o município de Viana, onde houve quatro ocorrências. Uma das vítimas, de seis anos, foi abusada por um indivíduo, de 46 anos de idade.

No município de Luanda, o INAC recebeu uma denúncia de agressão física recorrente, em que a vítima é uma menor, de 13 anos, supostamente violentada pelo padrasto, que chegou a inflamá-lo o rosto.

Outro caso de maus-tratos deu-se, no Talatona, onde uma criança, de dez anos, era espancada pelos pais, que são acusados de queimar, igualmente, as mãos do menor. A linha de denúncias do INAC registou, igualmente, no município do Chinguar, província do Bié, um caso de abuso sexual em que a vítima é uma criança, de 15 anos. Suspeita-se que a menor terá sido violada por quatro indivíduos, que se encontram em fuga.

Em Benguela, recebeu-se quatro abusos sexuais, ocorridos nos municípios de Caibambo, Benguela e Baía Farta, em que se destaca o caso de uma criança, de 11 anos, supostamente violada pelo pai, um indivíduo de 37 anos.

A par desse caso, essa província registou, ainda, um outro caso, em que um homem, de 35 anos, é suspeito de ter ameaçado e torturado duas filhas, de 14 e 16 anos, respectivamente, com a finalidade de abusá-las sexualmente.

No Zaire, ocorreu o caso de duas crianças, de sete e nove anos, respectivamente, acusadas de feitiçaria pelo padrasto, que, juntamente, com um suposto quimbandeiro, raptou os menores para uma mata, localizada a mais de 100 quilómetros de casa, para submetê-las a um ritual de libertação.