Para brindar os presentes, Tonicha Miranda, acompanhada com a banda da Fundação Arte e Cultura (FAC) e os coristas Ana, Edlaine e Jorge, abriu a noite, ao levar emoções à plateia com a canção "Memórias dos Cantores”.

As crianças da FAC da disciplina de Música juntaram-se à homenageada da noite para fazer jus ao interpretarem o tema "Nzaji e já Nzezama”, na língua nacional kimbundo e de seguida interpretar "Mona wa Nzoji”.

A turma de Dança, composta por oito elementos, acompanhou o dueto das cantoras Ângela Ferrão e anfitriã da noite, que incluíram no alinhamento a música "Jindolo”. O músico Carlos Lamartine, que assistiu à homenagem, pediu para as artistas repetirem a canção.

Durante o espectáculo, a estudante Evânia Francisco recitou uma poesia com o título "Minguito”, uma das músicas da homenageada do álbum "No Feminino”, deixando o público descontraído e muito sorridente.

Para encerrar o concerto, incluiu no repertório, igualmente, os temas "Querida Zungueira” e "Diala Yo”, mostrando assim, uma grande performance em palco. A plateia ficou satisfeita com cerca de 1h30 de espectáculo e forçou o regresso de Ângela Ferrão e Tonicha Miranda que mais uma vez interpretaram a música "Jindolo”.

No final, os estudantes da FAC da disciplina de Artes Plásticas e Reciclagem ofereceram à homenageada um quadro de pintura, que foi entregue pela directora geral daquela instituição cultural, Naama Margalit.

Na ocasião, Tonicha Miranda, agradeceu à FAC pelo reconhecimento, afirmando que "há doze anos esta casa de cultura me encontrou na estrada musical e hoje deu-me a oportunidade para poder fazer uma viagem agradável como a que aconteceu esta noite”.

A também compositora referiu que o sentimento é conjunto ao receber esta singela homenagem e ao mesmo tempo reviver as festividades da Ilha de Luanda. "Como filhos da Ilha é uma mais-valia ser distinguida hoje. Sinto-me feliz porque fizeram esta homenagem no tempo certo e estou regozijada por este reconhecimento feito pela Fundação Arte e Cultura”.

A directora-geral da FAC, Naama Margalit, explicou que a organização que lidera tem como missão passar a cultura tradicional para as novas gerações.

"A nossa instituição é uma casa criativa e queremos poder passar as raízes e as tradições culturais da Ilha do Cabo para os mais jovens e trazer no mês das festividades desta comunidade os artistas que fazem parte da história dos ilhéus”.

Venda e sessão de autógrafo

A cantora e compositora aproveitou a oportunidade para realizar uma sessão de venda e assinatura de autógrafos do seu álbum intitulado "No Feminino”, lançado, em 2011.

O disco contém as canções "Mona Uanzoji”, "Dialo Yo”, "Maka da Tarrachinha”, "Jindolo”, "Querida Zungueira”, "Semba Mujimbo”, "Lamento da Rosa”, "Pérolas do Andebol”, "Miguelito” e "Março Mulher” e contou com a participação das cantoras Elisa Coelho "Antonica”, Ângela Ferrão, Nazarina Semedo e Aninhas.

"Aprimores da Alma”

Doze anos depois, o artista plástico Antoninho volta a expor na Galeria Tamar Golan, da Fundação Arte e Cultura, durante as festividades da Ilha de Luanda, uma exposição especial denominada "Aprimores da Alma” inaugurada, na quarta-feira, que retrata as vivências dos ilhéus e do quotidiano dos angolanos, e ficará patente até 4 de Dezembro.

Os dez quadros de pintura com os títulos "Lua de Mel”, "Sabor do Anzol”, "Cumplicidade”, "A visão de Manguxi”, "Semblante nupcioso da Jovem”, "Fraternidade”, "Ilundo”, "O Drink”, "Natureza”, "África para onde Ides?” e "Ny wanga Wa” podem ser visitados de segunda a sexta-feira das 9h30 às 16h30.

Antoninho realçou que é sempre uma honra expor naquele espaço cultural, sendo que a última exposição aconteceu em 2011. Acrescentou que "Aprimores da Alma” relata aspectos das nossas vivências diárias.

"Para esta exposição trouxe algumas obras que já pintei há alguns anos, mas outras mais recentes e, espero que gostem e que cada um faça a sua própria análise de cada quadro exposto”, disse.