Política

IGAE aconselha funcionários à conduta de valores e regras

Marcelo Manuel | Ndalatando

Jornalista

A Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE) aconselha os funcionários a pautarem a sua conduta por princípios, valores e regras alicerçadas na justiça, transparência e na ética profissional, como passo para o estabelecimento da relação de confiança entre os serviços públicos e os cidadãos.

24/05/2024  Última atualização 11H05
Inspector-geral do Estado, João Pinto, interagiu com funcionários públicos no âmbito da jornada de trabalho ao Cuanza-Norte © Fotografia por: NILO MATEUS | EDIÇÕES NOVEMBRO | NDALATANDO

A mensagem foi expressa ontem, em Ndalatando, província do Cuanza-Norte, pela directora do Gabinete de Recursos Humanos da Direcção da Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE), Elsa Neto.

A responsável, que falava durante a dissertação sobre o tema "O papel da ética na Administração Pública”, esclareceu que a ética sempre fez parte da filosofia, tendo definido o objecto de estudo como sendo a moral e a qualificação do bem e do mal, como a melhor forma de agir colectivamente.

De acordo com Elsa Neto, para além das obrigações estabelecidas no regime disciplinar dos trabalhadores da Função Pública, é necessário que haja uma disciplina integral que contemple deveres internos e externos, nos quais se interligam os comandos legais e morais, acompanhados do conhecimento e prática dos usos exemplares da sociedade.

Na prática, disse, a actuação do profissional da Administração Pública quanto à ética é analisada sobre a relação do agente público e o utente, relacionamento dos profissionais entre si e com a sociedade, realçando que uma das premissas importantes da ética profissional está ligada ao respeito da necessidade do beneficiário conquistar, gradualmente, a confiança técnica, ética e moral, através do esclarecimento de procedimentos que garantam a segurança do utente.

"É preciso haver uma separação do profissional e do amigo ou do profissional e do esposo, sendo o dever do profissional admitir os limites de intervenção técnica e ética da profissão”, destacou.

No exercício das funções laborais, referiu Elsa Neto, os funcionários públicos devem evitar a divulgação de informações confidenciais ou sensíveis que tenham origem nas palavras dos utentes, e ter cuidado ao gerar aproximações emocionais com um utente. Ética e tomada de decisão.

Segundo ainda Elsa Neto, durante a tomada de decisões, os agentes públicos devem primar pela análise das circunstâncias ou estudo do contexto, definir os fins pretendidos, identificar as soluções seguras e eficazes através dos meios disponíveis, bem como realizar a relação custo-benefício com a componente busca da eficiência.

O cumprimento da ética, prosseguiu a responsável, permite alcançar ganhos como a harmonia laboral e equilíbrio dos interesses individuais e institucionais, para além da satisfação e motivação dos colaboradores e melhoria da qualidade de vida integral.

"A ética cria o fortalecimento das relações da instituição com todos os agentes e parceiros envolvidos directa ou indirectamente com as nossas actividades”, concluiu.

Participaram da palestra gestores e funcionários públicos, representantes dos Órgãos de Defesa e Segurança, Magistrados do Ministério Público e Judicial, professores, estudantes universitários e convidados.

 

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