A primeira pedra para a construção da Casa do Artista e Palácio da Música e do Teatro, na antiga instalação da Assembleia Nacional, em Luanda, foi lançada, sexta-feira, pelo ministro da Cultura e Turismo, Filipe Zau, marcando, desta forma, o início das obras daquele espaço cultural.
O artista angolano Barceló de Carvalho, Bonga Kwenda, recebeu, na noite de quinta-feira, em Paris, o Grande Prémio da Música do Mundo, durante um espectáculo integrado na cerimónia anual da entrega de prémios da Sociedade Francesa de Direitos de Autor (SACEM).
A cantora Iesha realizou sexta-feira, no Epic Sana, em Luanda, um concerto intimista designado “Fado e clássicos”, onde fez o lançamento da música “Hino internacional da Kizomba “, que teve participação de Eduardo Paim.
No ambiente intimista, em que estiveram familiares e admiradores, a cantora subiu ao palco com o grupo de dança ”Kina Ku Moxi”. Apresentaram danças tradicionais com demonstração de fogo que simbolizam alguns rituais da cultura ancestral africana.
Iesha interpretou "Monami ", de Lurdes Van-Dúnem. O espectáculo teve duração de uma hora e meia de música ao vivo, e a cantora interpretou, também, as canções "Gente da Minha terra” "Quem me dera”, ”Intro” e "Não deixa Semba Morrer”, na primeira parte do espectáculo.
Na segunda parte, com o género fado interpretou "Canção do mar”, da autoria da fadista Dulce Pontes. Foi um dos momentos mais aplaudidos do concerto, em que houve gritos e assobios dos espectadores, que cantavam em coro, proporcionando um momento mais colorido e de emoção.
Eduardo Paím, convidado mais esperado, dueto com a anfitriã para interpretou a dois a canção "Hino internacional da Kizomba”, sendo o ponto mais alto do concerto.
Também conhecido por General Kambuengo, dando sequência, o dono do sucesso ”Eu vou pra Nguenda”, que tem sido atracção em vários shows em Luanda, assumiu o comando do concerto para brindar o público com as músicas "Foi assim ", "São saudades”, "Rosa Baila”, ”Esse Madie”, e os fãs pediram bis.
Iesha sentiu-se abençoada, porque nunca pensou fazer dueto com Eduardo Paim, que "não é da minha época, não é da minha geração e eu me sinto muito especial, pelo esforço que exerci na minha carreira, valeu a pena”.
Eduardo Paim referiu que a música "Hino internacional da Kizomba”, produzida há 5 anos, teve algumas alterações na letra. "Não tínhamos pressa, precisamos do momento certo, que chegou, agora, por isso está disponível em todas as plataformas digitais.Já podemos dizer que tudo correu do jeito que planeamos”, rematou.
Dias Rodrigues, amigo da fadista, falou das dificuldades em apoiar uma artista que canta fado. "Foi uma experiência muito boa, mas não foi daquilo que eu já estou acostumado e habituado”, realçou, acrescentando ter sido um desafio que foi necessário impor, "porque via nela um talento muito bom naquilo que faz, que é cantar fado. O talento dela ajudou-lhe bastante”.
Leonel Correia, responsável do espaço que acolheu o concerto, disse ter sido muito gratificante receber a cantora porque traduz a evolução da sua carreira.
Avançou que a carreira de um artista nem sempre é fácil, por isso, "o Epic Sana posiciona-se de maneira a valorizar os artistas, muitos dos quais jovens "que têm muito talento em Angola”.
Garantiu
que o espaço tem como marca a realização de concertos com tendências mais
actuais da música angolana, e recordou o anterior concerto de Pérola e Felipe
Mukenga, tendo anunciado a próxima aposta da casa com Alex Alenso e o DJ Jeff.
IESHA
"De
fadista sou nata”
Isabel da Silva Bernardo, de nome artístico Iesha, interpreta fado, guetto zouk, kizomba, balada, house, pop rock e R&B.
Influenciada pela mãe, que lhe ofereceu uma composição na infância, embora nunca viveu na Europa tornou-se fadista no país" e só conheci Portugal como cantora”.
O seu trabalho era feito em Portugal, e coincidentemente canta fado porque " tenho-o nas veias”.
Afirmou que não foi nada orientado, para se tornar fadista”. Considerou ser uma fadista inocente, que nem sabia que o fado é património mundial da humanidade.
Trabalhou como corista do cantor e compositor Paulo Matomina, entre 2008 e 2010, altura em que aperfeiçoou as técnicas de canto. Membro da União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC), iniciou a carreira aos oito anos com o auxílio da mãe que escrevia as canções para serem apresentadas na Igreja Metodista.
Aos 13 anos, foi descoberta pelo maestro do coro da Igreja Metodista Unida Rita Webba, Lúzio Tito. Em 2016, recebeu um telefonema de Madrid, Espanha, anunciando que havia sido seleccionada para gravar com Anselmo Ralph uma canção para o canal AXN Portugal, e pela Sony Music, onde teve a oportunidade de cantar ao vivo com o romântico angolano.
No ano seguinte, gravou o primeiro disco intitulado "Iesha Viagens”, em Lisboa, com dois temas produzidos pelo DJ Manya e um fado, por amor ao género de música portuguesa, entre outros temas que foram produzidos pelo produtor português Jay C.
No CD de estreia, com 14 faixas musicais, destacam-se as canções "Xeque mate” e "Sonhos”, com as quais promove a sua carreira no Espaço Art’z Lounge, na Ilha do Cabo, em Luanda.
Os dois temas foram interpretados, recentemente, num concerto enquadrado na estreia do videoclipe da música "Me mata”.
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