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Human Rights Watch apela à julgamentos justos de golpistas na RDC

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A organização internacional dos direitos humanos "Human Rights Watch" (HRW) pediu, esta segunda-feira, ao governo da República Democrática do Congo (RDC) que garanta julgamentos justos aos participantes na tentativa de golpe de Estado de 19 de Maio.

27/05/2024  Última atualização 11H45
Human Rights Watch apela a julgamentos justos de golpistas na RDC © Fotografia por: Direito Reservado

"A resposta do governo tem de respeitar os direitos humanos, o que inclui investigar imparcialmente o possível envolvimento das forças de segurança em alegadas execuções sumárias", disse o director da Human Rights Watch para a África Central, Lewis Mudge.

Por outro lado, Lewis Mudge reconhece que o "governo tem a responsabilidade de garantir a segurança do país e de responsabilizar os responsáveis pela tentativa de golpe", mas que deverá fazê-lo aos olhos dos padrões da lei internacional, avançou a Lusa.

Continuam a surgir pormenores sobre a tentativa de golpe de Estado levada a cabo por um grupo de cerca de 50 congoleses e estrangeiros em Kinshasa.

A HRW cita os meios de comunicação social, notando que a tentativa de golpe de Estado causou a morte de pelo menos dois seguranças e um civil e que as forças de segurança mataram vários golpistas. Pelo menos dois golpistas poderão ter sido mortos quando tentavam fugir à detenção.

Christian Malanga, um opositor do governo congolês radicado nos EUA, auto-proclamado "Presidente do Novo Zaire" e chefe de um governo no exílio, terá alegadamente liderado o golpe. Malanga, o filho, e outros golpistas invadiram o Palais de la Nation (Palácio da Nação) em Kinshasa, que funciona como gabinete do Presidente. Os golpistas terão atacado as residências do primeiro-ministro, do ministro da Defesa e de outro político de alto nível.

As forças de segurança congolesas mataram Christian Malanga em circunstâncias pouco claras, horas depois de este se ter apoderado do Palais de la Nation.

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