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Angola participou, na quarta-feira, no Rio de Janeiro, Brasil, no acto de formalização e pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, no âmbito da Reunião Ministerial de Desenvolvimento do G20, cuja delegação angolana é chefiada pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano.
O acto central de celebração dos 22 anos de Paz e Reconciliação Nacional, a assinalar-se amanhã, vai acontecer na província do Huambo, sob o lema "4 de Abril: Juntos pelo Crescimento Inclusivo do País".
A efeméride resultou do Memorando de Entendimento assinado, em 2002, entre as forças beligerantes de então, cujo acordo permitiu reafirmar a vontade de paz manifestada a vários níveis pelos angolanos, abrindo, deste modo, o caminho para a implementação de um amplo programa de reconciliação nacional.
O Ministério da Administração do Território refere, no documento, que este feito possibilitou gizar estratégias de políticas públicas que permitiram, inicialmente, a realização de um programa de reabilitação de infra-estruturas destruídas em décadas, decorrentes do longo conflito armado, cujas premissas colocam, hoje, o país na "incontornável" rota do desenvolvimento socioeconómico.
Durante este período de paz e reconciliação nacional, prossegue o memorando, o país registou uma alteração substancial no quadro político, social e económico, com destaque para a transformação das notícias de mortes provocadas pela guerra em informações sobre construção de infra-estruturas reabilitadas e construídas, com realce para as vias de comunicação, factor que voltou a unir o país, permitindo, assim, a circulação de pessoas e o retorno aos campos agrícolas desminados, caminhos-de-ferro operacionalizados, "entre tantas outras que testemunham a marcha imparável que Angola empreende rumo ao desenvolvimento inclusivo e sustentável do país".
O documento destaca que os campos de batalha foram substituídos pelo espaço público, onde, ao contrário dos conflitos de outrora, se travam discussões acesas, se exerce a cidadania, sem que tal corrompa as forças políticas levando a mais uma confrontação bélica.
"A normalização política permitiu que se aprofunde, diariamente, a democracia e se reforcem os direitos dos cidadãos, através de uma governação participativa", lê-se no memorando. Este documento ressalta que, durante os 22 anos de paz e reconciliação nacional, o país passou a viver uma enorme certeza do futuro entre os angolanos, fruto da convicção de todos os angolanos de que a paz é definitiva e que esse bem imprescindível para o desenvolvimento deve estar despido de cor partidária.
O memorando faz menção que, após largos anos de conflito armado, o povo angolano passou a usufruir, cada vez mais, os frutos da paz, factor fundamental para o desenvolvimento de qualquer nação.
"Como resultado desse passo, Angola segue unida e reconciliada, embora se tenha, por cá, a consciência de que muito ainda há que ser feito", refere o memorando, sublinhando que tanto a reconciliação nacional quanto o desenvolvimento socioeconómico são, ambos, processos que exigem múltiplos esforços, sendo exercício de todas as forças vivas da Nação, não obstante o seu credo religioso, crenças, estrato social ou cor partidária.
As comemorações do 4 de Abril visam, segundo o Ministério da Administração do Território, desenvolver acções que incutem nos angolanos os ideais da paz, fraternidade, solidariedade, justiça social, unidade e reconciliação, incentivar e promover o espírito de tolerância, o respeito mútuo, da propriedade, a reconciliação dos angolanos, exaltar valores como o amor à pátria e o respeito pelos seus símbolos, assim como enaltecer a paz definitiva e a reconciliação nacional.
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