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Hospital do Dande aposta na capacitação dos quadros

Guimarães Silva | Bengo

A formação e capacitação do pessoal médico, de enfermagem e de auxílio a todas as áreas hospitalares deve ser uma constante no Hospital Geral da Barra do Dande, defendeu a governadora do Bengo, dirigindo-se aos funcionários da instituição, durante uma visita de trabalho.

10/02/2023  Última atualização 08H25
© Fotografia por: DR
"Continuem a trabalhar. Façam um plano para mitigar os constrangimentos e sobretudo trabalhem mais na formação e capacitação. Precisamos, igualmente, de encontrar alguém para a área pedagógica e de Ensino”, disse Maria Antónia Nelumba, que fez o que considerou como avaliação positiva do funcionamento do Hospital.

Na ocasião, a governante ofereceu um lote de material gastável, mosquiteiros e medicamentos à unidade hospitalar, que só no ano passado atendeu mais de 750 mil pacientes. "Naturalmente que o material gasta, acaba. O que trouxemos foi um complemento daquilo que necessitam para melhorar o stock de medicamentos.”

Inaugurado em 2012, a unidade hospitalar é das principais da província, com diferentes serviços de especialidade, denotando a ausência de ligação à rede pública de abastecimento de água, do aparelho de TAC, ecógrafo, oftalmologista, neurologista, imagiologista e um banco de sangue.

A infra-estrutura tem energia eléctrica da rede, uma incineradora para o lixo hospitalar, lavandaria, morgue com três câmaras, cozinha e 16 residências para os médicos expatriados oriundos de Cuba, Vietname e Rússia.

No final da visita guiada ao hospital, a governadora reconheceu a unidade sanitária como uma das mais importantes da província.

Com cerca de 252 trabalhadores e 140 camas é de referência e atende todos os dias mais de 400 pessoas nas várias especialidades. A limpeza do hospital é exemplar, tem refeitório em funcionamento, um belo jardim e incineradora de queima de resíduos hospitalares.

Desafios do hospital

Um dos grandes constrangimentos, apontado pelo director-geral, prende-se com a falta de abastecimento de água potável através da rede pública. " Temos uma fonte de agregação de água de 160 mil litros, adquirida de camiões cisterna e gastamos entre três e quatro milhões de kwanzas por mês, para o suporte do hospital.”

Manuel João, director- geral interino do hospital, revelou que a visita da governadora provincial " trouxe-nos algum alento, porque deu a possibilidade de inventariar algumas preocupações da unidade sanitária”, disse.

Segundo Manuel João, o quadro técnico de suporte ao hospital é de 452 funcionários, porém está a funcionar apenas com 252, situação que acarreta, segundo o responsável, "um défice”. Acreditamos que quando os candidatos que fizeram o concurso público no ano passado começarem a trabalhar, havemos de ter a área de TAC e outras semi resolvidas.”

Neste momento, o hospital debate-se com a falta de especialistas em Cuidados Intensivos, Neurologia e Oftalmologia, Imagiologia e um banco de sangue, segundo Manuel João.

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