A companhia de artes Horizonte Njinga Mbande apresenta hoje, em duas sessões, às 19h00 e às 21h15, na sala 1, do seu auditório, na escola homónima, em Luanda, a peça de teatro “O Namoro”, inserida no Dia dos Namorados, que se assinalou a 14 de Fevereiro. Ainda na semana dedicada ao amor, o grupo exibiu as peças “Segredo da Cama”, “Veneno" e “Segredos da Tatuagem”.
O espectáculo, segundo a sinopse, leva o público a viajar para o passado, onde as moças da década de 70 e 80 do século passado, eram vistas como "anjos intocáveis”, em que o namoro tinha que ter o consentimento dos pais ou dos padrinhos. O cuidado com as meninas dessa época era intenso antes do casamento. Por isso, existia uma pessoa da família que se encarregava de arranjar os casais e todo o contacto entre os dois era feito por meio deste(a) "intermediário(a)”.
A peça apresenta vários cenários de como era vivido um verdadeiro amor sem interesses materiais. "Entregavam-se cartas de amor, bilhetinhos e os encontros, um passeio à loja de gelados ou ao cinema, eram marcados com autorização e o contacto físico se limitava ao toque das mãos”, recorda o encenador Adelino Caracol.
Segundo o encenador, a peça mostra como o namoro foi fazendo a sua migração dentro da casa para fora. Porém, disse, ainda sob o olhar de vigia de algum membro da família, o comportamento dos jovens já passava a ficar mais "liberal”.
Com o passar dos tempos, explicou, a sociedade "passou a aceitar” melhor as relações menos duradouras, sem a necessidade de compromissos longos. "A virgindade deixou de ser tabu nas conversas entre os jovens e tudo passou a ser mais fácil, com uma sensação de despreocupação, mesmo que fossem proibidos pelos pais, os jovens saíam às escondidas e faziam o que quisessem”.
Actualmente, observou, os relacionamentos, até mesmo os duradouros, passaram a basear-se e fortalecer a comunicação pelas novas tecnologias. "O uso abusivo de celulares e mensagens instantâneas nas redes sociais fazem com que os namoros tenham outros estilos e propósitos, muito diferentes daqueles bons tempos”.
Com o fenómeno "namoro à distância”, explicou, tem a vantagem da facilidade na comunicação, mas peca por falta do contacto directo com a pessoa amada. "Hoje a maneira de observar o relacionamento mudou com o passar do tempo e tudo passou a ser muito efémero”.
O elenco principal é composto pelos actores Aldemiro Benjamim, Madalena Kaparacata, Esmeralda Azevedo e a encenação está a cargo de Adelino Caracol.
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