Durante a palestra, o historiador Venceslau Kasese aconselhou aos jovens estudantes no sentido de aprimorar e se expressarem nas suas línguas nacionais por ser a base da valorização da cultura de um povo.

O palestrante lembrou o facto de muitas pessoas sentirem vergonha de se pronunciar em público nos seus idiomas, o que revela um grande erro, pois como justificou é necessário revelar a identidade cultural através da língua.

"O estudante deve saber aquilo que faz parte da sua ancestralidade e que a linguagem é um elemento essencial que nos torna diferentes de outros povos, é uma riqueza que mostra o nível de organização de uma sociedade e uma das valências que identifica uma determinada comunidade”, referiu.

O historiador considerou que um bom cidadão intelectual, tem um dever moral, ética e social de aprender um pouco da sua língua nacional, porque, uma pessoa ao falar uma língua africana, pode ser imediatamente identificada a sua origem, pela força da cultura.

Ao falar sobre a Cultura Nacional, Venceslau Kasese considerou a mesma como a matriz da identidade cultural dos angolanos e um elemento essencial, uma vez que tudo aquilo que a pessoa faz desde o nascer até à morte. "Desde o raiar até ao pôr-do-Sol, tudo o que o homem faz, olhando pela mudança e adaptação do meio em que habita e transforma ao seu favor ou desfavor representa esse valor”, disse.

A preservação dos costumes, disse, passa pela responsabilidade e tomada de consciência de cada pessoa e que os estudantes têm o papel de perpetuar a cultura angolana para que as futuras gerações beneficiem da riqueza que esta carrega.

O orador apelou aos estudantes que se apaixonam pela investigação científica, do mesmo jeito devem buscar conhecimentos na área cultural, usando métodos de pesquisas, para se descobrir novas áreas do saber e contribuir na preservação desta.

"Conservar a cultura angolana é também tarefa da camada estudantil, porque precisam de escrever bastante sobre as suas tradições e divulgar fortemente tudo de positivo que ela tem”, acrescentou Venceslau Kasese.

Por seu turno, o estudante António Virgílio disse que tomou conhecimento, através da palestra do historiador, de vários elementos ligados à cultura de Angola. Por essa razão, prometeu procurar aprender junto dos mais velhos  os hábitos e costumes dos povos, bem como conhecer mais as línguas nacionais.