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A exposição fotográfica do artista angolano Pedro Yaba, intitulada "Simbiose" lança luz sobre a importância histórica da indústria mineira na economia nacional afirmou, segunda-feira, o secretário de Estado para Sector dos Recursos Minerais, Jânio Victor.
O docente universitário Hilton Daniel lançou, sexta-feira, na cidade de Moçâmedes, a obra “O livro do português falado em Angola”.
Trata-se de um ensaio sobre as expressões do português falado em todo o país, dominado por uma linguagem popular e simples, que se adapta ao contexto social de cada região ou localidade.
O livro é considerado, também, um dicionário elementar de angolanismos, que refere das características da língua expressa sem atropelos linguísticos no processo de comunicação entre as pessoas de vários estratos sociais. A cerimónia de apresentação da obra ocorreu no auditório do Instituto Superior Gregório Semedo, em Moçâmedes, província do Namibe. O autor é revisor linguístico e consultor em língua portuguesa.
As palavras "bisno”, "alambamento”,"mamoite”, "papoite”, "funji”, "pausado”, "puto”, "kota”, "cassule”, "dama”, "salo”, "kumbu”, "banda”, "kissângua”, "malaique”, constam no livro, entre outras expressões populares usadas em todo o país.
Segundo o autor, o livro foi concebido durante 8 anos, e destina-se a linguistas, professores, estudantes, escritores, jornalistas, e à sociedade, em geral.
O autor justifica que a obra apresenta palavras que integram uma intercomunicação, coabitação, convivência e partilha entre as diversas línguas de matrizes diferentes ou afins, na condição de materna, segunda ou estrangeira, "numa dialéctica muito específica, forte e original”, realçou.
Com 377 páginas, a obra resulta da recolha de vocábulos de uso frequente, na maior parte das vezes exclusivos, dentro da variedade do português falado em Angola, e por via oral, pesquisa cientifica, e obras literárias de escritores nacionais e estrangeiros.
"A utilização deste dicionário não dispensa, de forma alguma, a consulta de dicionários gerais de especialidade ou outros do tronco linguístico bantu, pelo contrario, é deveras importante que sejam confrontados para se ter noção da dita correcção linguística ou asserções justamente elaboradas”, acrescentando que a obra permite que os leitores mergulhem num conjunto de palavras e expressões com registos de língua, classes gramaticais e, sobretudo, as categorias que implicam actividades da linguagem como número, pessoa, género, tempo, entre outros.
Realçou que existe uma semelhança com a obra do escritor e jornalista Manuel Fonseca, de nacionalidade portuguesa, publicado pela editora Guerra e Paz, embora o autor tenha vivido a infância e juventude em Angola. Manuel Fonseca, lançou em 2016 o "Pequeno Dicionário Caluanda” contendo 1001 termos falados em Luanda.
Perfil do Autor
Hilton Daniel colaborou no Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento da Educação (INIDE), foi membro do conselho editorial da Revista Athena, Portugal, e participou em diversas coletâneas literárias, entre as quais, "Vamos Falar de Portugal II”, "Crónicas do Bar dos Canalhas”, "Poesias Contemporâneas IV”, "Colectânea Antologia da Lusofonia”.
É pesquisador convidado na Academia das Ciências de Lisboa, para qual colaborou na área de Português Falado em Angola. Tem mestrado em Ensino do Português pela Universidade Nova de Lisboa. Lecciona as disciplinas de Língua Portuguesa, Semiótica, Literatura, Técnicas de Comunicação e Expressão e Metodologia de Ensino do Português, na Província do Namibe.
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