Em declarações, quarta-feira, ao Jornal de Angola, a cantora revelou alguns temas do reportório da sua autoria e que poderão constar no seu primeiro projecto discográfico, como: "Semba”, "Fátima”, "Kuita”, "Muloge (numa nova roupagem)”, "Likolo” e como tem sido a sua marca interpretará várias músicas nacionais. "O meu grande objectivo é trazer aquilo que foi feito no passado”, justificou.

Nesta segunda edição do "Poder da Interpretação”, Heróide traz como novidade para o show uma musica sul africana, dedicada à Deus que também estará no seu álbum. A cantora disse que terá o suporte instrumental da Banda Kwimbila, constituída por jovens instrumentistas. Quanto ao momento que está a viver realçou que "estou expectante para o novo ano e os desafios que tenho pela frente. Espero que seja um ano de colheita, depois de 2022 ter plantado muito agora espero uma colheita em abundância”.

A primeira edição do "Poder da Interpretação” aconteceu em Julho do ano passado, no Mercado Verde do Benfica. O reportório incluiu temas do Ngola Ritmos e Belita Palma. A jovem artista tem conquistado a cena musical com interpretações de clássicos da música nacional. "Tenho como maior desejo ser uma referência da música angolana no mundo e dedicar o resto da minha vida para este fim usando as raízes nacionais e levar o nome de Angola para todo o canto e mostrar ao mundo as nossas línguas e culturas é a minha maior tarefa”.

Em Maio do ano passado, foi destaque na abertura da temporada do Show do Mês em "Ré-clássicos”, na Casa das Artes do Talatona, depois voltou a pisar o mesmo palco no "Kufikissa”. Foi uma das convidadas para cantar com Filipe Mukenga, no Festival da Canção da LAC e fechou o Concerto de Consagração do FENACULT, no Memorial Dr. António Agostinho Neto. Ainda no ano passado lançou o afrohouse "Ulika”, single promocional, cantada em umbundu e vai de encontro com a tradução única. Em 2021, Heróide esteve seis meses na Expo 2020 Dubai, como artista residente do Pavilhão de Angola.

Heróide dos Prazeres muito cedo entrou no mundo das artes pela dança, na companhia "Corpo de Dança” e em 2011, participou no concurso de "Caça Talentos Bounce”. Ainda como dançarina, integrou o grupo Fusão D. A música entrou depois e em 2015, participa no "Estrelas ao Palco”, conquistando o primeiro lugar.

Outro marco na carreira aconteceu em 2020 quando no Festival da Canção de Luanda, com o tema "Só no olhar”, da sua autoria, venceu o Grande Prémio da Canção e Melhor Voz, um ano depois de ficar em segundo lugar com a música "A vida tem destas coisas”, uma composição de Constantino Chitato. O encontro com Ângelo Boss, numa actividade no Miami Beach e depois com Phathar Mak foi determinante, para o percurso artístico da cantora.