Os grupos como Vimdjomba da província da Huíla e Diximbi da Lunda-Norte, estão entre os muitos que ainda continuam no activo e na preservação do folclórico.
Os mesmos grupos tradicionais de música e dança esperam uma maior valorização dos estilos e a preservação da matriz cultural com a realização regular de festivais que promovam as tradições e as culturas locais.
Por exemplo, o grupo Vindjomba tem procurado ao longo dos quatro anos de existência, por via da dança, explorado e dar a conhecer a riqueza da mulher Mumuila, da cultura nyaneka-humbi, na preservação da riqueza ancestral da cultura deste povo do Sul de Angola.
De acordo com a médica e líder do grupo Nádia Camate, em declarações ao Jornal de Angola, manter um projecto cultural e artístico com um número de integrantes numeroso, não tem sido tarefa fácil, sobretudo, para os grupos tradicionais que continuam a sentir na pele pouca valorização dos agentes culturais e empresários.
Nádia Camate defende política concreta que possa ajudar os grupos a continuarem a preservar as tradições e deixar um legado positivo às próximas gerações.
Toda a história começa há sensivelmente quatro anos, quando a médica Nádia Camate, num gesto desinteressado, procurou presentear um amigo residente em Luanda, curiosamente no dia do seu enlace matrimonial. Foi sobretudo dessa ideia "original” que nasce o grupo.
Nádia Camate salientou igualmente a participação do grupo na 3ª edição do Festival de Música e Dança Regional Leste (Ngeya), que aconteceu nos dias 28 e 29 do mês passado, na cidade do Saurimo, na província da Lunda-Sul, no Festival da Canção de 2021, a presença em três edições na Feira Internacional de Luanda -FILDA, foram momento marcantes.
Outros momentos, igualmente, memorável, frisou foram as participações como convidados especiais no espectáculo musical de Yuri da Cunha e Paulo Flores, Show da Zimbo com Yuri da Cunha, participação em duas edições do Festival Balumuka.
Participaram, igualmente, no Carnaval de Luanda, em 2022 integrado no grupo União Recreativo do Kilamba, participar no espectáculo da cantora brasileira IZA, que actuou em Luanda em Maio de 2022, no especial da 7ª edição da "Festa da Música” e no mesmo ano ter participado no concerto do cantor brasileiro Seu Jorge, que actuou em Luanda e Benguela, nos dias 15 e 16 de Setembro.^
Importância dos festivais
A cantora e bailarina do grupo Diximbi, Paula Estêvão dos Santos afirmou que o país precisa de prestar mais atenção aos grupos que promovem músicas e estilos de dança locais na preservação da identidade cultural dos angolanos.
Em declarações, ontem, ao Jornal de Angola, a bailarina que lidera um grupo de mais de 14 integrantes, provenientes do município de Chitato, província da Lunda- Norte, referiu que foi a primeira vez que o grupo participou num festival da dimensão do Ngeya.
Festivais do género, lembrou, podem servir como "portas abertas” para a promoção e valorização da cultura no país e estrangeiro. "Trocamos contactos com vários pesquisadores internacionais de nacionalidades portuguesas, brasileiras, russa, espanholas que mostraram interesse em conhecer melhor as nossas raízes”.
O grupo, disse, normalmente apresenta-se utilizando adornos como a cabanza, óleo de palma, pombo e a cabaça, sem esquecer as missangas.
Sobre a dança, Paula Estêvão dos Santos declarou que o principal estilo de dança tem sido a conhecida tchianda, elevada a património cultural e imaterial no domínio das práticas sociais, rituais e actos festivos, tendo como característica os movimentos da cintura.
Fundado em 1979 pela bailarina e compositora das canções Susana Ngalula, mãe da responsável actual deste projecto cultural e artístico, o grupo Cultural Diximbi é de dança e música composto por membros de todas as faixas etárias que variam dos 13 aos 45 anos.
Além da Paula Estevão dos Santos cuidar de todas as coreografias a apresentar nos espectáculos, a sua mãe, Susana Ngalula, é quem escreve as letras e conta com o suporte de um sobrinho para o batuque.
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