Adérito Tchiuca reconheceu os esforços envidados pela Embaixada do Brasil em Angola, mas lamentou o facto de terem conhecimento somente nesta segunda-feira, 29, de que os passaportes já tinham os vistos desde o passado dia 24 deste mês. Explicou que o grupo deu entrada dos passaportes no Centro de Visto, mas que não foram informados de que deveriam receber os passaportes com os respectivos vistos na Embaixada do Brasil.

Devido a esse desconhecimento, disse, a solução foi o cancelamento da viagem. "Ficamos admirados quando o embaixador do Brasil em Angola nos informou que os vistos já tinham sido cedidos desde o dia 24, mas infelizmente ninguém nos informou que deveríamos levantar os passaportes na Embaixada”.

Adérito Tchiuca ressaltou que a organização do festival lamentou a ausência do grupo angolano. "A organização gostaria que em Novembro deste ano não voltemos a falhar. Como já temos os bilhetes, vamos analisar o tempo de duração dos vistos e se for acima dos três meses, vamos procurar realizar dois espectáculos apenas em São Paulo”.

A possibilidade de voltar a mostrar a herança cultural de Benguela, por meio do teatro, no Brasil, ainda pode ser concretizada caso os patrocinadores apoiem mais uma vez o grupo que já tem os vistos de entrada.

O director do grupo disse que os actores estavam motivados e durante meses trabalharam com bastante afinco perspectivando alcançar boas performances durante o festival. "Foram frustradas as expectativas dos actores que estavam muito empenhados em representar com dignidade as cores da bandeira nacional no festival”.

Durante o VII Encontro Internacional de Teatro Comunitário do Rio de Janeiro foram abordadas a diversidade do teatro comunitário e os processos de criação artística.