Economia

Grupo Carrinho quer apoiar mais de 100 mil produtores

O Grupo Carrinho pretende, até ao final do ano, trabalhar com um mínimo de 100 mil produtores familiares de dez províncias, onde já apoia mais de metade com acompanhamento, financiamento e compra da produção final.

31/03/2023  Última atualização 09H31
Iury Rodrigues é responsável pelo marketing do Grupo Carrinho, que aposta nas famílias © Fotografia por: Dombele Bernardo | Edições Novembro

Segundo o responsável de Marketing, Iury Rodrigues, a ideia é chegar aos 110 mil produtores por todo o país, sendo que nas outras oito (8) províncias onde ainda não estão presentes, prosseguem os estudos de solos e outras componentes que determinam o arranque do projecto liderado pela Carrinho Agri.

"A Carrinho Agri é a responsável por toda a parte do fomento da produção agrícola, depois temos a indústria que faz o processamento das matérias-primas e a Carrinho Comércio, que vende por via das lojas "Bem Barato”, tudo que produzimos ao melhor preço”, afirmou.

Exemplo de claro compromisso com a produção nacional, mantido pelo Grupo Carrinho,  é o facto de que, desde o início deste ano, deixaram de importar milho, sendo abastecidos só com milho nacional, para a produção de fuba "Tio Lucas”.

Neste momento, através da Carrinho Comércio, o grupo operacionalizou a rede de lojas "Bem Barato”, presente nas 18 províncias do país, com 45 estabelecimentos de venda.

Na cidade de Luanda, a Carrinho possui 10 lojas da rede "Bem Barato”.

Responsabilidade social

O Grupo Carrinho também é um dos concorrentes ao "Prémios de Sirius” de hoje na categoria responsabilidade social, onde concorre com o programa de merenda escolar. O Grupo fez saber que concede 40 milhões de merendas escolares por ano pelo país, sendo um "verdadeiro” compromisso de responsabilidade social e de valorização das comunidades locais.

No Cuanza-Sul, por exemplo, mais de 48 mil alunos de 73 escolas da província do Cuanza-Sul beneficiam, no presente ano lectivo, do programa "Merenda Escolar ", que visa elevar o rendimento dos alunos e evitar o abandono escolar, informou o director provincial da Educação.

Fomento agrícola

O milho de produção nacional, colhido pelas famílias de camponeses das províncias da Huíla, Benguela, Cuanza-Sul, Huambo, Bié e Malanje é comprado pelo Grupo Empresarial Carrinho para reforçar a Reserva Estratégica Alimentar (REA).

O processo de aquisição, na província da Huíla, arrancou com a compra das primeiras seis mil toneladas fornecidas por 4300 famílias de camponeses sobretudo que exploram perímetro irrigado da Matala, numa cerimónia testemunhada pelo administrador municipal, Paiva Vicente. 

O grupo empresarial comprou também cinco mil toneladas de milhos produzidos por 2800 famílias de camponeses do município de Caconda.

O Jornal de Angola, que cita o director de Agronomia da "Carrinho Agri”, Aldemir da Silva, fez saber que na província da Huíla, por exemplo, a iniciativa abrange também o município do Lubango, a 10 mil famílias listadas.

Aldemir da Silva destacou o apoio da empresa às famílias pela empresa, consubstanciado em sementes fertilizantes, pesticidas e assistência técnicas para aumentar a produção.

Auto-suficiência

O grupo Carrinho, a Deloitte e o Centro de Investigação Científica da Universidade Católica de Angola (CEIC) vão realizar um estudo aprofundado de mecanismos que possam tornar a empresa auto-suficiente nas sete fileiras das matérias-primas que o complexo industrial necessita para a produção em larga escala de milho, feijão, soja, trigo, arroz, algodão e palma.

De um modo geral, avança o documento, o objectivo é medir o real impacto sócio-económico das suas acções, no que concerne o nível de empregabilidade, significado de fomento da agricultura familiar, entre outras que constituem importância para o grupo. O Grupo Carrinho deu os primeiros passos para a realização deste estudo, com uma visita guiada da equipa ao complexo industrial, em Benguela.

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